A carne podre – mais de 1 mil e 400 quilos – apreendida pela Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco, em Arapiraca, não é uma exclusividade do maior município do Agreste alagoano. Em Maceió não são poucos os estabelecimentos que expõem produtos estragados em suas prateleiras, sem, praticamente serem incomodados.
E aqui não se fala de pqeuenos comerciantes da periferia da capital. Mas, de grande estabelecimentos que têm seus próprios açougues, fazem o manejo, empacotam e jogam nas gôndolas para o consumidor desavisado. Repetindo: é muito raro ver uma ação de fiscalização direta nesses estavelecimentos, como grandes supermercados, por exemplo.
E por que não?
A ação da FPI capitaneada pelo Ministério Público alagoano é fundamental, uma vez que tem como alvo a salvaguarda da saúde, o meio ambiente e os direitos dos cidadãos de terem qualidade de vida decente, sem embromação, sem a esperteza de muitos que acham que podem tudo para levar vantagem sobre todos.
Mas, eis que essa é uma ação que precisa focar a capital. Aqui, o paraíso dos espertos, há muitos comerciantes que vivem a proferir impropérios contra “os corruptos” e esquecem, literalmente, de praticar sua atividade com dignidade. Fazem também da corrupção o desvio indevido para driblar fiscais e enaganar clientes ou consumidores.
A podridão está lá e cá.
Fica, portanto, a referência para que as autoridades envolvidas nessa força tarefa também voltem seus olhos para a linda Maceió. Senão, a coisa aqui vai ficar cada vez pior – só para não perder a rima.
Lamentavelmente, o silêncio impera à beira mar.