Na tragédia anunciada em Maceió já são 7 os mortos soterrados nos deslizamentos das barreiras, com o reaparecimento dos corpos de mãe e filha na Grota de Santo Amaro.
A falta de planejamento e de prevenção determinada têm tudo a ver com os tristes acontecimentos nas grotas da cidade. Vidas se foram e as autoridades continuam silentes, como se nada tivesse acontecido.
Igualmente as instituições fiscalizadoras. Jamais vão querer saber quem eram é Lilian Sherliane, 22 anos, e sua filha de sete meses, cujos corpos foram resgatados nesta terça-feira, 30, pelo Corpo de Bombeiros.
Não há por que se incomodar. Elas eram da periferia. Para as autoridades, é como se fossem um José ou uma Maria qualquer, sem eira nem beira, e muito menos com sobrenome de peso, que pudesse impressionar ou mobilizar a sociedade.
Se diferente fosse estaria estampado em todas as manchetes. Mas, são pobres vítimas que não tinham um pau para assustar o gato.
Mãe e filha estavam desaparecidas desde o sábado, quando a barreira da Grota deslizou soterrando o barraco em que viviam na área de risco conhecida dos gestores e autoridades de plantão.
E quem é que vai pagar por isso? Ninguém. Dirão os senhores da sala de justiça “Afinal, foi uma tragédia”. Pontuarão.
É conveniente.