Os escândalos de corrupção já não batem mais à porta do governo Temer. Eles estão verdadeiramente nas entranhas do Planalto, como revelou o lobista Lúcio Funaro, que entregou R$ 1 milhão em dinheiro vivo José Yunes, que há um mês atrás era assessor especial do Presidente Michel Temer.
O fato foi divulgado pelo Estadão. Segundo a informação o lobista Funaro pegou o dinheiro vivo na Odebrecht e entregou a Yunes a pedido do Ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil de Temer. Yunes deixou o governo após vir à tona delação do ex-executivo da companhia Claudio Melo.
Mello foi quem revelou que Temer teria pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht para o PMDB. Dos R$ 10 milhões também em dinheiro vivo.
No caso atual, o ex-assessor, que esperava receber o dinheiro de um desconhecido, foi surpreendido com o lobista no seu escritório em São Paulo. Os dois não se conheciam pessoalmente, mas Yunes sabia de quem se tratava.
Por sua assessoria, Padilha disse que “não pediu” nada a Lúcio Funaro. Temer já confirmou ter participado da reunião com Marcelo Odebrecht, quando diz ter pedido “doação eleitoral” para o PMDB. Yunes não foi localizado para comentar o assunto.
Funaro está preso desde julho pela Lava Jato sob suspeita de comandar com o ex-deputado Eduardo Cunha esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas. Os dois são muito próximos.