18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

A importância do óleo de peroba na campanha eleitoral

 

Certamente nenhum candidato acredita que a eleição vai ser fácil. Basta considerar que o propinoduto eleitoral foi fechado pela Lava-Jato, obrigando os políticos a queimarem a mufa para descobrir meios de alimentar o caixa 2.

O que farão agora que as empresas estão proibidas de fazer ‘doações’?

Será que os ‘donos’ dos partidos, especialmente os venais nanicos, vão repartir o que arrecadam com seus candidatos?

Como farão para garantir locomoção de um lada a outro da cidade? Qem vai pagar os imóveis alugados para comitês de campanha? E o dinheiro de pagar as gráficas para imprimir materiais de propaganda? Onde conseguir dinheiro para pagar os marqueiteiros?

Para aumentar a pressão, a campanha terá que ser feita casa a casa, mão na mão, olho no olho.

Daqui há pouco vamos trombar com candidatos nos bairros, na feira, no mercado, no pontos de ônibus. O medo que faz é, numa dessas, os candidatos por aqui serem xingados e vaiados, como já está acontecendo Brasil afora.

Mais que desconfiado e descrente, o eleitor está afiado pelo que vê e ouve no noticiário e nas redes sociais.

Assim, senhores candidatos, do dinheiro que conseguirem para suas campanhas, guardem um pouco para comprar ao menos um litro de óleo de peroba.