O eleitor, via de regra, nunca foi pródigo em sua memória eleitoral. Passada as eleições, são raros os que lembram de fato em quem votou, principalmente no caso da eleição proporcional.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) costuma fazer pesquisas após cada eleição, para entender esse processo de memória curtíssima do eleitor, e elas atestam a vaga lembrança do eleitorado sobre os candidatos e suas promessas.
Os candidatos, por outro lado, não têm interesse nenhum em lembrar promessas feitas e não cumpridas e isso é uma praxe. Agora, com a internet, muito mais ainda. A estratégia é apagar tudo da rede mundial de computadores. Memória zero.
Os guias eleitorais, recheados de promessas, que estavam no Youtube, principalmente. O candidato a prefeito de Maceió, por exemplo, Rui Palmeira foi acusado pelo adversário Cícero Almeida de ter apagado seus programas de TV da campanha de 2012 que estavam na internet.
Nesta terça-feira, 18, no debate entre Palmeira (PSDB) e Almeida (PMDB), na TV Pajuçara, o candidato peemedebista questionou o adversário por que ele havia censurado os programas na internet?
A resposta do candidato tucano foi de que “gostaria de ter esse poder de censurar a internet”. Imagine se essa moda pega…
Ou imagine alguém ter o poder de censurar a internet?