O jogo político, queridos eleitores, é para “profissionais”. Ou seja, é preciso ter estômago de avestruz para se manter vivo e ativo. O suco gástrico do avestruz é capaz de dissolver até metais!
Pois bem, ao que parece sem vontade de entrar na disputa com Renan Filho (PMDB) pelo comando político-administrativo de nosso Estado, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) “dá uma de doido” e passa com a caravana em direção a um projeto que só ele sabe.
Usa o silêncio como arma para se esquivar dos petardos que os adversários, e os aliados, disparam em sua direção. Vejam que estratégia eficiente usou para escapar da flecha disparada pelo senador Benedito de Lira (PP), que o pressiona a se apresentar como pré-candidato.
No início deste mês, o senador afirmou que as lideranças dos partidos que dão sustentação ao prefeito (PSDB, PT, PR, DEM, PROS) vão se reunir para lançá-lo candidato ao governo de Alagoas. Segundo Lira, o lançamento da candidatura ocorrerá “independente” do prefeito estar ou não presente no encontro.
Lira disse que Rui não tem direito de dizer não.
“A candidatura do prefeito é irrecusável, inadiável… Ele não tem autoridade para dizer que não vai ser candidato”, declarou Benedito de Lira, no último dia 12, acompanhando visita do prefeito e secretários à orla lagunar da capital.
Rui calou-se por alguns dias. Matutou pra lá, matutou pra cá e, pah… respondeu a provocação fazendo um desafio ao senador aliado.
Sugeriu que Lira seja seu candidato a vice. Como a proposta contraria os interesses do senador, que trabalha para reeleger-se a um mandato de 8 anos, Benedito mergulhou e tem evitado tratar publicamente do assunto.
Bom, seja ou não candidato ao governo, disputa que enseja um duelo com os Calheiros (Renan senador e Renan governador), o prefeito Rui Palmeira e seu grupo precisam considerar que na política é preciso saber a hora exata de tomar decisões.
Isso faz lembrar o senador Fernando Collor (PTC), que poucas vezes em sua trajetória política errou o bote! Mas isso é tema para outro comentário, né?
Por enquanto, como diria Ibrahin Sued, o pai do colunismo social brasileiro, “ademã, que eu vou em frente”!