25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Cultura

Aberta no Iphan exposição de xilogravuras

Nos veios da memória traz coletânea dos xilógrafos Enéas Tavares, Luiz Natividade e João Gomes de Sá

Em parceria com o Governo de Alagoas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Maceió, abre nesta quinta-feira (21), às 19h30, a exposição Nos veios da memória, com as obras dos mestres da xilogravura de Alagoas, Enéas Tavares, Luiz Natividade e João Gomes de Sá.

O poeta, desenhista, pintor, xilogravador e escritor Luiz Natividade é uma das atrações na exposição que o Iphan promove a partir desta quinta-feira. Thiago Sampaio

A exposição procura valorizar a xilogravura e os mestres xilógrafos locais e contribuir para a preservação desta arte em Alagoas, expandindo o conhecimento, sobretudo entre crianças e jovens, e fomentando apoios, espaços e públicos para essa expressiva manifestação da cultura popular nordestina.

“Apoiamos qualquer ação que reforça nossa identidade cultural, no âmbito das artes visuais, realizando esta mostra especial com a obra de três artistas, além de oficinas, ministradas por Luiz Natividade, para grupos de estudantes de unidades da Rede Estadual de Ensino”, afirmou o secretário estadual de Comunicação, Enio Lins.

Xilogravura

A xilogravura é uma técnica milenar, de origem chinesa que ganhou força no Brasil e se tornou muito popular na região Nordeste, onde estão os mais renomados xilogravadores do país.

Além da forma original, é frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel, uma vez que alguns cordelistas são, também, xilogravadores ou vice-versa. Através do entalhe na madeira, os mestres xilógrafos contam e imprimem histórias de vida que se perpetuam como registro e identidade cultural.

Artistas

João Gomes de Sá é natural de Água Branca, no sertão alagoano, mora em São Paulo e é formado em Letras pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal)

Poeta, desenhista, pintor, xilogravador e escritor, Luiz Natividade é natural de Junqueiro, interior de Alagoas, mas foi na Bahia que se estabeleceu com sua família ainda criança.

Filho de pai pobre e órfão de mãe, o cordelista Enéias Tavares nasceu poeta, mas desde muito cedo começou a lutar pela vida em sua terra natal, Marechal Deodoro e depois pelo mundo a fora.