25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Abstenções, brancos e nulos revelam rejeição da sociedade aos políticos

Só em São Paulo, abstenções, brancos e nulos chegaram a mais de 3 milhões e 96 mil

Uma análisedo JB sobre os votos no Rio de Janeiro e em São Paulo, principais capitais do país, revela de forma contundente que a maior parte dos eleitores, na realidade, rejeita todas as opções de candidatura apresentadas. É a rejeição da política no País pela sociedade brasileira.

E é preocupante constatar que o eleitor não quer ninguém e não acredita em nenhuma das propostas. Este cenário de descrédito põe a democracia na berlinda e deixa dúvidas sobre o futuro da política nacional.

Em São Paulo o tucano João Doria, vencedor no primeiro turno, somou 3.085.187 votos. Contudo, houve 1.940.454 abstenções, 367.471 votos brancos e 788.379 nulos. Somados, eles chegam a 3.096.304 – número maior do que os votos de Doria.

Se somarmos os votos claramente de esquerda, de Fernando Haddad (PT) – 967.190 – com os de Luiza Erundina (Psol) – 184 mil – chegamos a 1.151.190. Estes, somados aos 3.096.304 que não querem ninguém, chega-se a um volume expressivo de 4.247.494 eleitores.

Comparando este volume de eleitores com os de Marta Suplicy (PMDB) – 587.220 – Levy Fidelix (PRTB) – 21.705 – Ricardo Young (Rede) – 25.993 – e do próprio Doria, chega-se a 3.720.105, que seriam votos da direita e dos conservadores. Um número menor do que a soma dos de esquerda e dos que não se identificam com nenhum dos candidatos (4.247.494 eleitores).