23 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Abuso de poder: PT processa Globo, Huck e Faustão na Justiça Eleitoral

Para os petistas a Globo demonizou atual política e de forma subliminar exaltou a pré-candidatura de Luciano Huck

O apresentador da TV Globo, Luciano Huck, tornou-se alvo de um processo do PT na Justiça Eleitoral nesta segunda-feira (8). O partido alega que Huck cometeu e se beneficiou de abuso de poder econômico e dos meios de comunicação durante sua participação no “Domingão do Faustão”, neste domingo (7).

A TV Globo e Fausto Silva, apresentador do “Domingão”, também são alvos da representação, assinada pelos líderes do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), e no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ). Eles pedem a inelegibilidade de Huck ou a cassação do seu eventual registro de candidatura, além de pagamento de multa por parte do apresentadores e da Globo.

O candidato do PT é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem liderado as pesquisas de intenção de voto e já disse, ao comentar uma eventual candidatura de Huck, querer “disputar com alguém com o logotipo do Globo na testa”.

Exaltação subliminar

Para os petistas, o que se viu durante a entrevista do apresentador “foi a demonização da atual política, dos políticos, dos pré-candidatos ao cargo presidencial, e de forma subliminar, a exaltação da pré-candidatura de Luciano Huck, como sendo algo de novo capaz de mudar a realidade vigente e trazer a ‘felicidade’ esperada pelo sofrido povo brasileiro.”

A representação diz ainda que Faustão e Huck “discorreram acerca da necessidade dos brasileiros darem espaço para uma candidatura nova (a dele, Luciano Huck)”, e que o apresentador usou “uma estrutura midiática que nenhum outro pré-candidato terá acesso, causando interferência antecipada na lisura e na igualdade da disputa presidencial que se avizinha.”

Segundo definição disponível no site do TSE, o abuso do poder econômico em eleições é “a utilização excessiva, antes ou durante a campanha eleitoral, de recursos financeiros ou patrimoniais buscando beneficiar candidato, partido ou coligação, afetando, assim, a normalidade e a legitimidade das eleições.”