Na acareação para dirimir dúvidas sobre a morte do agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Júnior, os militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) voltaram a dizer que o tiro foi disparado porque o agente fez menção de sacar uma arma.
No primeiro momento uma testemunha confirmou essa versão. Só que na acareação realizada nesta terça-feira, 26, sob o olhar atento da delegada Servulla Walleska Orengo Bezerra, a testemunha disse que o movimento que o agente fez, e que a levou a pensar que pegaria a arma, ocorreu bem antes do disparo mortal.
A testemunha relatou que Joab colocou as mãos para cima, não atendendo a ordem de colocar as mãos na cabeça.
Se o tiro foi depois da ação do agente, por que o policial do Bope atirou? Foi porque ele não atendeu a ordem de colocar as mãos na cabeça?
Tomara que, ao concluir o inquérito, a delegada Servulla responda a todas as indagações sobre essa ocorrência.
Ela não comentou até agora se há possibilidade de indiciamento dos militares que estavam na guarnição do Bope envolvida nessa morte.
Mas é certo que, com a testemunha retificando o depoimento anterior, a acareação não ajudou aos PMs.
Esta quarta-feira, 27, marca o 15º dia da morte do agente penitenciário. Na sexta-feira, 29, às 9h, a família fará um ato público que começa na Praça do Centenário, e segue até a sede do governo.
O objetivo é pedir que a morte de Joab Nascimento Júnior não fique impune.