De Paulo Jacinto, a notícia que chega por meio de alguns moradores constitui um atentado à saúde pública: a carne está sendo vendida no meio da rua, exposta em bancas de madeira – as chamadas bancas de feira – fora dos padrões de higiene.
O motivo, segundo as informações, teria sido a recusa do matadouro de Palmeira dos Índios em receber o gado para matança, por causa de um atraso de 4 meses no pagamento da taxa devida pela prefeitura de Paulo Jacinto, que usa a estrutura do município vizinho, numa espécie de arrendamento.
Tem sido assim, desde que o matadouro da cidade foi fechado, por falta de condições de funcionamento. O abate passou a ser feito em outras cidades: primeiro Quebrangulo, Viçosa, depois Palmeira. E agora… Bom, com a inadimplência, o serviço foi suspenso e só restou aos marchantes de Paulo Jacinto abater os animais no terreiro de casa, nos sítios e fazendas, o que não condiz com as exigências sanitárias cabíveis a tais procedimentos.
E além de não ter lugar para abater, também ficaram sem local adequado para vender. Por determinação da prefeitura, o mercado de carne do município foi fechado para não receber essa carne abatida fora dos padrões, e ela acabou sendo vendida em bancas, no meio da rua, onde deve continuar durante a feira livre deste sábado.
A situação é séria: para os açougueiros, que necessitam de local adequado para abate e comercialização; e para a população, que precisa de garantias sanitárias para a carne que vai consumir. E simplesmente fechar as portas do açougue não é solução.
O problema continua existindo. A quem cabe resolver? Que o diga, a prefeitura!