Acusado de matar o modelo Erick Ferraz, durante uma festa pública em comemoração ao réveillon de 2012, no município de Viçosa, o réu Judarley Leite de Oliveira foi condenado a 32 anos e 8 meses de reclusão, em julgamento realizado nesta quarta-feira, no Fórum de Maceió.
O júri, iniciado às 9h da manhã, teve duração de mais de 12 horas. A sentença foi anunciada por volta das 21h30, pelo juiz John Silas, titular da 8ª Vara Criminal de Maceió, que presidiu a sessão. O réu, que já se encontrava preso, não poderá recorrer em liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério Púbico, a vítima, que participava da festa de réveillon junto com amigos, na prça principal da cidade, foi baleada após desentendimento com os irmãos Judarley e Jaysley (este, policial civil). Uma mulher identificada como Érica Ferreira também foi atingida, mas sobreviveu. No julgamento de hoje, Judarley reafirmou a confissão de que foi ele o autor dos disparos que mataram Érick.
“Quem cometeu o delito fui eu. Eu assumi desde o começo”, contou ele, em juízo, afirmando ter utilizado cinco balas. O réu disse que Érick tentou agredir seu irmão e que teria agido em legítima defesa, já que no meio da confusão, alguém teria gritado ‘ele está armado’, e Jadarley entendeu que seria o modelo, efetuando contra ele os disparos que o mataram.
Uma das testemunhas, Helena Caroline, que era namorada de Érick na época, contou que Jaysley ficou encarando ela e todo o grupo que estava com o modelo, o que o fez dirigir-se ao irmão de Judarley, mas que teria parado no meio do caminho e apenas cruzado os braços, quando recebeu um soco de Judarley, seguido dos disparos.
Além da morte de Érick, o acusado responde, também, por tentativa de homicídio contra Érica Ferreira da Silva.
O policial Jaysley Leite de Olivera ainda será julgado.
- Com informações da assessoria do TJ-AL