E o senador Aécio Neves (PSDB-MG), cultuado como o rei da tucanada, saiu das sombras nestas quarta-feira, 23, para anunciar aos seus súditos que “já está na hora do PSDB deixar a base de partidos aliados do Presidente Michel Temer”.
Do alto de sua “autoridade moral“ , o senador já se propôs a ter uma conversa com Temer em Palácio para fazer o desembarque “adequado” do governo.
Aécio não explicou o que seria “adequado” para esse desembarque, quando se sabe que os tucanos patrocinaram a derrubada de Dilma Rousseff e logo em seguida abocanharam 4 ministérios e uma infinidade de cargos no Planalto, os quais lhes foram entregues pelo presidente que iria acabar com a corrupção no Brasil, segundo as antigas manifestações de rua.
Mas, obviamente, que de adequação Aécio Neves e Michel Temer entendem muito bem. Se as malas de dinheiro que receberam da JBS falassem, todos, naturalmente, saberiam o significado real do termo “adequado” neste caso.
Principalmente por que ambos conseguiram adequar direitinho a situação no Congresso Nacional e na justiça federal, apesar das denúncias do Ministério Público Federal contra a prática da corrupção explícita em que se envolveram, com direito a gente correndo com mala de dinheiro pelas calçadas e ruas de São Paulo.
O senador diz agora que a saída deve se dar com “fidalguia” e de maneira “respeitosa” como foi à entrada no governo.
Está claro, portanto, que “respeito” é um substantivo que sua excelência o senador mineiro não sabe exatamente o que é.