Alagoas tem uma média de 27% de cobertura de saneamento. Em Maceió, a rede de esgotamento sanitário chega a aproximadamente 35% da população. No interior, ela não passa de 19%. Foi o que a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) conseguiu implantar nos seus mais de 50 anos de existência. O retrato dessa situação tem sido refletido de maneira bastante negativa, nas linguas de esgoto que escorrem nas praias.
Agora, o governo do Estado promete, com o Programa de Esgotamento Sanitário lançado nesta segunda-feira, dobrar os números dessa cobertura em quatro anos – garantindo cobertura de 70% de saneamento para a população de Maceió e 40% no interior do Estado.
Por “quatro anos”, entenda-se: “até o final do atual mandato de Renan Filho”. E como em política, os olhos sempre enxergam mais longe, Renan já projetou mais além. Promete deixar obras contratadas para serem executadas ao longo dos próximos oito anos, completando o ciclo de 100% de cobertura na rede de esgotamento da capital e 50% da rede do interior do Estado, ou seja, até o final de um provável segundo mandato.
Eleição à parte, tomara que avance mesmo. A população torce por isso; os empresários do setor de turismo, da construção civil e de vários segmentos do desenvolvimento econômico e social clamam por isso, porque saneamento é saúde, é qualidade de vida, é desenvolvimento. E não se concebe, mais conviver com a lama de esgotos que escorrem nas ruas, nas praias, na lagoa. Esse é um problema que afeta a todos.
Aliás, vem da iniciativa privada boa pate do mérito de alavancar essas metas anunciada pelo governo, assegurando, segundo o próprio governador, boa parte dos recursos – 60% do que é necessário às obras elencadas, algumas já em andamento em bairros diversos, já estão em andamento. Entre os citados, o bairro da Pajuçara, onde se trabalha na chamada linha expressa de implantação de esgotamento sanitário.
Além de Maceió, nesta primeira etapa, segundo o governador, 26 municípios estão sendo contemplados com obras de saneamento, que vão beneficiar cerca de 1 milhão de alagoanos.
Assim diz o governo.