Homem forte do Ministério Público em Alagoas, o promotor público e hoje Procurador Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, já mostra em seu primeiro mês no cargo que vai dar muito trabalho a gestões, gestores e homens públicos do Estado.
Se em seu período de Secretário de Segurança Pública já atuou como “xerife” na periferia da cidade, prendendo e até entrando em “confrontos” com bandidos declarados e suspeitos de envolvimento no mundo da criminalidade, agora como autoridade maior do Ministério Público deve ir mais além e dá sinais disso.
Em pouco tempo de atividade como chefe do MPE já mexeu com dois casos emblemáticos que estavam meio que adormecidos no âmbito do Poder Judiciário e da própria instituição que comanda.
O primeiro foi quando determinou em 17 de janeiro a suspensão do pagamento dos subsídios do promotor público, Carlos Fernando Barbosa de Araújo, condenado pelo estupro da filha e das enteadas. A determinação ainda estabelece a perda do cargo e a negação do recurso do efeito suspensivo interposto pelo condenado. Em um só ato três efeitos destruidores.
Agora, Gaspar chama a atenção em outra frente. Ele pediu a prisão na Presidência do Tribunal de Justiça do juiz Léo Denisson Bezerra de Almeida, da Comarca de Marechal Deodoro.
O juiz é acusado de integrar organização criminosa e de prática de corrupção passiva. Ele está afastado do cargo desde outubro de 2016 por decisão unânime do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O magistrado foi denunciado como recebedor de propina da Prefeitura de Marechal Deodoro, segundo Processo Administrativo Disciplinar do CNJ.
A iniciativa do Procurador Geral, neste caso, vai mexer naturalmente com toda magistratura alagoana, considerando que aqui, em se tratando de magistrado flagrado no malfeito, a praxe não é prender na forma da lei, mas sim aposentar com todas as vantagens que a nobreza do cargo oferece.
Pelo jeito, no andar de cima, o procurador passou a olhar melhor os de gravatas. Ainda bem.
Ele precisa olhar pra dentro do MP também, há várias licitações da área de informática todas viciadas, milhões indo pro ralo