25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Anteciparam o pagamento do IPVA sem avisar e todos engoliram calados

O que se percebe na ação de governo é a penalização do cidadão, seja quem for, que tem um veículo.

Quem não pagou se ferrou.
Quem não pagou se ferrou.

Sexta-feira, 29, foi o dia do contribuinte pagar a amarelinha, que representa o licenciamento do seu veículo, e a cota única ou a primeira parcela do Imposto Sobre Veículos Automotores (IPVA).

Isso para os donos de veículos com placas terminadas nos números 7 e 8. No passado, eles pagariam essa conta em outubro.

Quem está acostumado a fazer seu planejamento financeiro já havia colocado essa despesa para o futuro, conforme o calendário anterior.

Mas, eis que o governo Renan Filho (PMDB) antecipou o pagamento dos tributos para para este mês de maio. Uma prerrogativa do gestor que assim o fez sem nenhum comunicado ao contribuinte desavisado.

E esse é nó da questão.

A antecipação foi imposta. Não há como recorrer. O governo se defende dizendo que o parcelamento da cota do IPVA em seis meses levou a isso. A proposta do parcelamento  foi do ex-deputado Jefferson Moraes (DEM), que só pensou em beneficiar o contribuinte. Antes se pagava em três meses.

A desculpa do governo não vale. O que se percebe na ação de governo é a penalização do cidadão, seja quem for, que tem um veículo. Muitos os têm como instrumento de trabalho.

O que deveria ter sido feito?

Pelo menos avisassem antes aos proprietários que isso iria acontecer, para que todos se preparassem para arcar com esse ônus antecipadamente. Mas nada foi dito. Uma lástima pro assalariado que vive assando e comendo com seu carrinho.

Felizmente, o pacato cidadão alagoano engoliu calado. A maioria fez “das tripas coração” para arcar com a despesa extra, uma vez que não estava prevista para agora.

E tudo isso acontece com as instituições silentes. Ministério Público calado, Tribunal de Justiça idem, parlamentares como sempre e a sociedade civil organizada maturando a sua fragilidade do momento. É o velho chavão do manda quem pode.

Fosse a Dilma, seria a maior ladra do mundo. Ou não?