A experiência de Nivaldo Albuquerque como deputado federal por Alagoas deve ser curta. Suplente que assumiu a vaga de Maurício Quintella (hoje ministro do ilustríssimo Michel Temer), o jovem parlamentar do agreste alagoano tem os passos acompanhados de perto pelo pai, deputado estadual Antonio Albuquerque, que o direciona pelos corredores brasilienses.
É o pai ensinando ao filho os caminhos da política e em um momento nada abonador de partidos e partidários no cenário do planalto, como de resto no País.
Acontece que o deputado Antonio Albuquerque, já com seis mandatos de estaduais, cansou da mesmice na Assembleia Legislativa, e agora pensa em conquistar um mandato federal.
Habilidoso, descobriu que no Planalto a mediocridade no parlamento é uma festa. Principalmente no atual quadro de um governo baixo, corrupto e desavergonhado como o de Michel Temer.
Na Câmara, em um passado não muito distante, se sobressaíam as cabeças inteligentes. Hoje, nem tanto. Prevalecem os que fazem os melhores acordos, os conchavos mais absurdos, enfim, quem de fato tem habilidade para controlar, conduzir, manipular e até comprar.
Com a experiência de já ter sido três vezes presidente da Assembleia Legislativa, ninguém há de negar que Albuquerque é sagaz e inteligente.
Sabe inclusive que a esperada renovação da política nacional, a partir dos tristes episódios de corrupção, ainda será mínima. O que significa dizer que a maioria de lá voltará na próxima legislatura. Uns por que têm votos e outros pelo dinheiro amealhado. Assim, um político com desenvoltura lá dentro poderá voar. Alguns alagoanos que o digam.
Para o deputado AA, chegou a hora de colocar o bonde rumo aos trilhos do Planalto. Neste caso, o filho Nivaldo Albuquerque seria candidato a deputado estadual.
Atuar no plano federal é um sonho antigo de Antonio Albuquerque e ele já trabalha nessa hipótese desde que se elegeu pela primeira vez deputado estadual.