25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Após Tasso desistir, Alckmin decide ser candidato à presidência do PSDB

O Governador de SP se esquivou diante da pergunta sobre sua pré-candidatura a presidente da República em 2018.

Depois de um longo dia de conversas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, decidiu na noite de domingo (26) que concorrerá à presidência do PSDB.

Antes de anunciar que disputará o cargo, o tucano espera uma conversa conjunta com os dois postulantes pela presidência: o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO).

O primeiro sinal positivo veio de Tasso, conforme antecipou o Painel, com quem o governador paulista conversou na última quinta-feira (23). Ele aguardava um encontro com Perillo para saber se o goiano também abriria mão de disputar o comando do partido, o encontro aconteceu na noite de domingo em São Paulo.

Alckmin quer uma conversa conjunta com os dois para “aparar arestas”. Sua candidatura é vista como a única saída para unificação do partido, diante disso, ele quer evitar que essa unidade se dê apenas “da boca para fora”.

No início da tarde, em evento em São Paulo, o governador desconversou. Alckmin também se esquivou diante da pergunta sobre sua pré-candidatura a presidente da República em 2018.

Evasivo, disse que há outros nomes no partido, como o do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, e o do prefeito de São Paulo, João Doria, que “ainda não disse que não pretende” concorrer ao Planalto.

Racha

O PSDB está rachado diante das divergências em torno do apoio do partido ao governo Michel Temer e às medidas defendidas por ele.

A ala liderada por Tasso adota uma postura mais contundente de críticas ao governo e propõe que o partido faça um discurso de “mea culpa”, criticando a prática de troca de cargos por apoio político.

Já a candidatura de Perillo foi costurada com o apoio do senador Aécio Neves (MG), licenciado da presidência do PSDB desde que se tornou alvo da delação da JBS, em maio deste ano.

Alckmin considera a postura adotada por Tasso como “radical” e temia que o tom de críticas levasse o PSDB a um “isolamento” em 2018.