O grupo político da prefeita Célia Rocha (PTB) e do vice-governador Luciano Barbosa (PMDB) deve enfrentar oposição forte na eleição do próximo ano, em Arapiraca. E o fogo cruzado vem de terreno aliado (ou ex-aliado, melhor dizendo). Chegando com o PR, do deputado federal Maurício Quntella, o empresário arapiraquense Adoniran Guerra já assumiu postura de pré-candidato a prefeito da cidade e está trabalhando uma aliança com partidos de peso, como o PSDB, do deputado Rodrigo Cunha; o PPS, do ex-deputado Rogério Teófilo; o DEM e o PSB.
De acordo com informações divulgadas pela assessoria, esse grupo deve se reunir no próximo mês de outubro, para o lançamento de um documento – uma espécie de carta-compromisso ao povo arapiraquense – com as propostas de um projeto administrativo construído em bases mais técnicas e menos políticas. Ou seja, a um ano da eleição, o grupo já pretende estar com o plano de governo pronto e um esboço da chapa que deverá disputar a eleição de 2016. E os planos vão mais adiante: além de prefeito e vice-prefeito, o grupo quer fazer, em 2018, pelo menos um deputado federal por Arapiraca e formar uma bancada na Assembleia Legislativa, com um número mais expressivo de políticos da cidade, fazendo jus ao seu peso político e econômico no cenário alagoano.
O foco é privilegiar a gestão técnica, voltada para a captação de grandes projetos para Arapiraca, capazes de se traduzir em empregos para o município. Outras bandeiras do grupo, que devem constar na carta são: o uso correto do dinheiro público e o resgate dos serviços oferecidos, o que é obrigação de todo gestor.
Adoniran já votou quatro vezes em Célia Rocha, mas agora diz que é hora de mudar; de oxigenar o setor público do município. E não poupa críticas aos ex-aliados. Na sua avaliação, todos os setores estão parados na administração de Célia. E ainda acusa o ex-prefeito Luciano Barbosa de “rasgar o mandato de vice-governador para ser secretário da Educação”.
O projeto de oposição está se desenhando e as negociações políticas também. Mas muita chuva ainda vai cair para molhar o terreno híbrido das eleições que virão.
E, é claro, muita água ainda há de rolar por baixo da ponte que constrói alianças e separa tribos.
* Com informações da assessoria