Será realizada nesta sexta-feira (29) uma celebração ecumênica em homenagem a Walfrido Pedrosa Amorim, mais conhecido como Nô Pedrosa. A celebração está prevista para iniciar-se às 19h na Catedral Metropolitana de Maceió, com a presença de representantes do poder público e da sociedade civil, que trabalham em prol aos moradores que vivem em situação de rua.
A ‘Celebração pela Paz nas Ruas’ será realizada pela Arquidiocese de Maceió, pela Igreja Batista do Pinheiro – IBP, Casa de Ranquines, Pastoral do Povo de Rua e pelo Movimento Nacional de População de Rua. As entidades convidam a toda a população de Maceió para se sensibilizarem com “a causa que necessita da atenção de todos, diante do número expressivo de mortes que aconteceram nos últimos meses”.
Considerado um grande intelectual alagoano, Nô Pedrosa foi assassinado no dia 24 de dezembro de 2017, aos 77 anos. O aposentado Nô Pedrosa foi alvejado no pescoço por um disparo e teve ferimentos no abdômen ao cair no chão. Junto com Nô estava José Márcio dos Santos Silva, de 39 anos, que também foi atingido com disparos
Os dois moradores em situação de rua não resistiram aos ferimentos e morreram após o ataque, que aconteceu em frente a uma concessionária no bairro Mangabeiras. No dia da ‘Celebração Paz nas Ruas’ acontecerá o lançamento do Manifesto em Defesa da População de Rua, que buscará o apoio de órgãos públicos para o enfrentamento contra a violência cometida contra aqueles que vivem em situação de rua.
A morte de Nô Pedrosa levanta uma discussão importante na sociedade sobre as condições degradantes que as pessoas que vivem em situação de rua são submetidas. Dezenas de moradores em situação de rua foram assassinados em Maceió em 2017, mostrando que faz se necessário uma discussão aprofundada da sociedade e do poder público sobre as mortes que aconteceram.
Para celebrar a morte de Nô Pedrosa e para que esse não seja o futuro dos moradores que ainda vivem na rua, representantes políticos como o deputado federal Paulão (PT), Presidente Nacional da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, se une a causa.