Os mentores das faixas para ônibus espalhadas pela cidade partem do princípio de que a iniciativa tem forte apelo popular. É a visão do marketing que ‘vende’ um produto para uma determinada faixa de público alvo.
No caso da avenida Fernandes Lima, pelas dimensões que tem, a estratégia funciona. Agora quando se parte para ruas estreitas como Comendador Leão e Dona Constança é chover no molhado. O transtorno a ser causado transformará o trânsito nesses espaços em um inferno.
São Paulo e Curitiba fazem as faixas, mas em ruas que asseguram cada pista de rolamento com 3,20 metros. E a dimensão dessas ruas de Maceió?
Pintam-se as faixas nelas – em pé a placa de ‘governo trabalhando’ – e se cria a ilusão de que o trânsito está sendo organizado e beneficiando as pessoas. Em nome dessa estratégia o governo municipal fala que as faixas são uma necessidade. Mas, nem sempre o que é necessário é bom. Pode não valer sequer o preço da tinta no chão.
Um tiro que pode sair pela culatra. As pessoas estão em seus automóveis na ruas exatamente por que o transporte coletivo é de uma precariedade extremada. E as promessas foram de se fazer uma licitação que modernizasse o sistema, melhorasse a oferta, bem como a qualidade do transporte.
Até agora nada.
Então hoje pintar faixas nas ruas é sinônimo de obra da Prefeitura de Maceió. Afinal, o governo precisa mesmo fazer alguma coisa.
Espero que os eleitores não sejam imbecis ao ponto de reelegeram o prefeito pintor. Quanto ao custo da tinta, isso é relativo: a Transpal é quem paga a conta.