19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bancada do PP pula do barco para defender o impeachment

A bancada tem 49 parlamentares e o governo contava com a metade dos votos.

Responsável pelo ministério da Integração e com a promessa de empossar um dos seus parlamentares nomeado para o ministério da Saúde, além de dezenas de cargos federais espalhados em vários estados, o Partido Progressista (PP) dá sinais de que está abandonando a presidente Dilma Rousseff na guerra do impeachment.

A bancada de 47  deputados do partido reunida na tarde desta terça-feira, 12, decidiu abandonar o barco do governo para votar pelo impeachment.

Câmara: PP também abandona o governo
Câmara: PP também abandona o governo

O partido ocupa o Ministério da Integração Nacional, com Gilberto Occhi (que não é parlamentar, mas compõe o Executivo na cota do PP). Nas negociações em curso, o Planalto considera entregar a pasta da Saúde, hoje ocupada pelo deputado peemedebista Marcelo Castro, para que o comando do PP indique um nome em troca de voto contra o impeachment em plenário.

O Palácio do Planalto contava até esta manhã com metade dos votos da bancada do PP. Mas cresce a pressão para que os deputados sejam obrigados a votar de acordo com uma maioria pró-impeachment. Na reunião da comissão processante na segunda-feira (11), o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), liberou a bancada, mas votou contra o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Ex-ministro das Cidades, pasta que chefiou entre fevereiro de 2012 e março de 2014, Ribeiro defende que, para a votação em plenário, a bancada seja novamente liberada e não forçada a votar como quer a maioria, pela saída de Dilma.

Entre os deputados pró-impeachment está Paulo Maluf (SP). No início do processo ele tinha dado sinais de que apoiaria o governo. Há uma semana mudou de ideia e votou pela abertura de processo de impeachment na comissão.