Diante de uma plateia formada por engenheiros, arquitetos, estudantes, empresários e autoridades, como o ministro do Turismo Marx Beltrão, o senador Benedito de Lira (PP) soltou o verbo e revelou suas angústias diante de obras não acabadas, com os recursos que conseguiu junto ao governo federal, e verbas devolvidas por falta de projeto.
No caso desta última, ele foi específico, no auditório do CRE/Alagoas, quando disse que Maceió tem o pior mercado público do Brasil e que conseguiu os recursos para a construção de um novo, mas, no entanto, a verba foi devolvida por falta de projeto.
Foi provocado para dizer quem teria devolvido o dinheiro ao governo federal e Biu de Lira saiu pela tangente, dizendo que não iria dizer “pra não fazer confusão”.
Mas revelou também suas angústias com R$ 11 milhões que conseguiu em 2011 para a construção da estrada que liga o município de Matriz a Passo de Camaragibe. A obra tem 10 quilômetros e foi iniciada no governo passado. Segundo Lira já estava com 40% em andamento e, de repente, no governo atual, houve problema com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Qual o problema?
O senador explicou textualmente: -O Iphan interditou a obra dizendo que local era um sítio arqueológico, por que tinha encontrado lá uns cascos e cabeças tatus.
E revelou mais uma: Na cidade do Pilar, segundo ele, graças a uma emenda que conseguiu, estava sendo construída uma indústria de tratamento do lixo, também em 2011, e novamente a obra foi interditada pelo Iphan.
A causa, segundo as palavras do senador: -Encontraram outro sítio arqueológico com uns cacos de telhas e disseram que era cerâmica dos antepassados.
Depois de tudo, disse que não tem nada contra o Iphan.
Agora, a menina dos olhos de Lira, além dos trilhos do trem até Jaraguá, é a obra do Alagoinhas, para onde foi projetado em 2008 um observatório com duas torres, mas que até agora na área só existe o piso quebrado.
Os políticos, se pudessem, passariam por cima até das mães para atingir os objetivos, quanto mais para preservar a memória histórica ou algo semelhante. Desrespeito ao trabalho do Iphan