Um aparato policial com direito a bombas de efeito moral, helicópetro e até tapas nos rostos de estudantes foi utilizado pelo Estado para acabar com o protesto que fechou a avenida Fernandes Lima, contra a falta de transporte escolar.
O Batalhão da Rádio Patrulha chegou a prender dois jovens do comando dos manifestantes. Outros líderes tentam no Cepa uma reunião com dirigentes da Secretaria de Educação, para negociar a situação do transporte.
Alunos do Cepa iniciaram uma manifestação às 7 horas da manhã em protesto contra a retirada do transporte escolar. Eles fecharam a avenida Fernandes Lima no sentido Tabuleiro-Centro e a polícia interviu.
Os estudantes alegam que a Secretaria cortou o transporte para os alunos que completaram 14 anos de idade. E isso gerou revolta, considerando que eles, obrigados a vir de transporte coletivo municipal, gastam diariamente R$ 7,00.
“Meus pais são pobres e não têm recursos para bancar esse custo comigo. O Estado precisa ajudar assegurando o transporte”, disse Marina Lima, uma das manifestantes, após a ação policial que dispersou a manifestação com truculência contra adolescentes desarmados.
A polícia quando atua e prende bandidos deve ser sempre reconhecida pelo serviço prestado à sociedade. Na manifestação desta quarta a ação foi de exceção. O exemplo que fica é da violência gratuita.