Nota de entidades que representam os professores alagoanos critica o deputado Bruno Toledo por constranger e ameaçar a classe, porque ele quer a aplicação da Lei da Mordaça- a execução do artigo 12 do Plano Estadual de Educação- que proíbe discutir sobre religião e sexualidade nas salas de aula.
O ministro Luis Barroso, do STF, considera inconstitucional a proibição.
Para os sindicatos, “a ação parlamentar é claramente um discurso de ódio e de incitação à violência e já teve seus efeitos práticos, com ameaças explícitas ao professor e à escola”. Refere-se ao professor Daniel Macedo.
Ainda de acordo com as entidades, Bruno Toledo quer “gastar seu tempo e o dinheiro dos contribuintes” para “criminalizaros trabalhadores e cercear a diversidade, a pluralidade e a transversalidade de conteúdos didáticos da rede estadual de ensino”.
A nota é encabeçada pelo Sinteal e assinada por 30 sindicatos.
Uma espécie de ‘caça às bruxas’ em relação às questões de sexualidade e gênero já começou, em Alagoas, sob a égide do polêmico Plano Estadual de Educação de Educação. O deputado Bruno Toledo (PROS) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, 12, para cobrar uma posição do Parlamento contra a Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, na cidade de São José da Tapera, que teria desrespeitado o Plano, apresentando aos seus alunos um projeto denominado “Diário de Gente – Sexualidade e Gênero”.
Toledo
Em uma espécie de ‘caça às bruxas’ em relação às questões de sexualidade e gênero (veja aqui), o deputado Bruno Toledo criticou veementemente e quis levar ao ministério público o professor e psicólogo Daniel Macedo, da Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, na cidade de São José da Tapera, que fez um projeto onde os meninos usaram maquiagem, roupas femininas e pintaram as unhas e as meninas usaram roupas masculinas para ilustrar questões ligadas a sexualidade e a orientação de gênero.
“Será que é desta forma que combatemos o preconceito? É essa falácia de combater preconceito promovendo esse tipo de comportamento em escolas?”, questionou o deputado, alegando que é preciso que se cobre que as leis aprovadas na Assembleia sejam respeitadas.