Uma Comissão Processante na Câmara Municipal de Campo Grande, Alagoas, pretende cassar o mandato do prefeito Arnaldo Higino Lessa, que está preso na penitenciária Baldomero Cavalcante por corrupção explícita.
O prefeito foi flagrado em operação do Ministério Público Estadual recebendo dinheiro de uma propina na ordem de R$ 500 mil, segundo os dados revelados na operação. O fato aconteceu em 24 de novembro.
Lessa e a família dominam politicamente o município de Campo Grande há mais de 20 anos. Essa não foi a primeira vez que ele se envolveu em processos judiciais.
Mas, agora a Câmara Municipal de Campo Grande, com cinco vereadores na oposição – fato considerado inédito pela população na história do lugar – quer colocar os pingos iis dessa relação política e pretende cassar Arnaldo Higino.
O presidente da Câmara, vereador Anderson Ferreira da Vera Cruz, do Solidariedade, disse nesta quarta-feira, 20, que a população do município está indignada com os últimos acontecimentos envolvendo a Prefeitura e o gestor preso.
“Nas ruas as pessoas cobram de todos nós um posicionamento firme e alertam que os tempos hoje não permitem essa bandalheira irresponsável, que macula o nome da nossa terra e prejudica sobremaneira a população, que assiste perplexa o dinheiro público ser desviado”. Disse o vereador.
Vera Cruz destaca que os reflexos dos desatinos do prefeito se irradiaram por toda administração que sofre uma paralisia jamais vista “e isso tem motivado os vereadores a uma reação, pois estão sendo cobrados pela população que exige mudanças rápidas e efetivas na vida política de Campo Grande”.
Ainda segundo o presidente da Câmara, tão logo os vereadores voltem do recesso no próximo ano os cinco vereadores de oposição vão instalar a comissão processante para cassar o mandato de Arnaldo Higino Lessa, que embora preso continua com todo poder na Prefeitura, uma vez que o vice dele é o próprio filho.
“O que a nossa população hoje mais quer é que a justiça acelere todo esse processo para que o prefeito não apenas seja penalizado pelas nossas leis, mas pague também tudo que desviou dos cofres públicos de uma cidade pobre, mas que estar a exigir respeito dos seus gestores”, declarou Anderson Vera Cruz.