Entre dez medidas trabalhadas pelo Ministério Público Federal, como instrumentos para reforçar a campanha nacional de combate à corrupção, deflagrada no primeiro semestre, uma chama a atenção em especial. A possibilidade de realizar testes de integridade para agentes públicos.
Considerando o perfil de grande parte da população brasileira, apontado em pesquisas, se isso for feito, vai ter muita gente caindo na ratoeira.
O teste consiste em simular situações de suborno, sem que o agente público tenha conhecimento que está sendo testado, e assim, levá-lo a refletir que a possibilidade de ser flagrado numa prática ilícita é real e tem consequências.
Dados citados pelo procurador-chefe do MPF em Alagoas, Rodrigo Tenório, durante o lançamento das dez medidas para combater a corrupção, na manhã desta sexta-feira, com base em pesquisas realizadas por institutos diversos, ao longo dos últimos anos, mostram, por exemplo, que 75% dos brasileiros cometeriam atos de corrupção se tivessem oportunidade; que 59% contratariam familiares ou amigos para cargos de confiança, se fossem autoridade; que 36% dos brasileiros admitem que já pagaram propina.
São números elevadíssimos, que demonstram que a corrupção parece ter se tornado viral na nossa sociedade, contagiando a população e banalizando a desonestidade como se fosse uma coisa natural.
E não é!!!
MAIS MEDIDAS
As propostas do MPF e instituições que apoiam a campanha agrupam 20 anteprojetos de lei propondo mudanças legislativas para quebrar o círculo da corrupção no Brasil, embasados em três eixos: prevenção, repressão e recuperação dos ativos desviados pela corrupção. Eles serão encaminhados ao Congresso Nacional, como projetos de lei de iniciativa popular, e para isso vão precisar de 1,5 milhão de assinaturas em todo o país. É a contrapartida esperada da sociedade. A meta para Alagoas é colher 30 mil assinaturas.
É só pegar, preencher e participar!