25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Canalha, desqualificado e ‘burrice infinita’, os adjetivos do impeachment

A confusão na sessão levou o ministro Lewandoswski a suspender a sessão.

 

Pelo segundo dia consecutivo, o Senado protagonizou nesta sexta-feira (26) uma sessão de troca de ofensas entre parlamentares. “Desqualificado”, “canalha”, “hospício” e “burrice infinita” foram algumas das expressões utilizadas pelos senadores no segundo dia do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O uso de referências desabonadoras levou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento, a ameaçar fazer utilizar seu poder de polícia diante dos senadores.

Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), a exemplo de ontem, protagonizaram os principais. Desta vez, porém, ganharam a companhia do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chamado de “canalha” pela petista paranaense fora do microfone.

Para baixar a temperatura e evitar que os ataques verbais descambassem para a agressão física, Lewandowski suspendeu a sessão por duas horas.

Veja as principais frases do segundo dia de julgamento:

Lindbergh, que já havia batido boca com Caiado ontem, irritou-se com acusação do colega contra testemunha de defesa de Dilma

Presidente do STF disse que não toleraria mais ataques entre senadores

Presidente do Senado criticou excesso de intervenções dos senadores, mas também perdeu a linha na sequência

“A ideia, Sr. presidente, se nós não encaminharmos diferentemente, é passar para o Brasil e para o mundo, já que o mundo todo está com os olhos debruçados sobre o nosso país, a ideia de que ‘V. Exª está sendo obrigado a presidir um julgamento em um hospício”
Renan Calheiros

“Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente, Sr. presidente, uma senadora que, há 30 dias, o presidente do Senado Federal conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e do seu esposo”

Renan em alusão a Gleisi Hoffmann e ao seu marido, o ex-ministro e ex-deputado Paulo Bernardo, que chegou a ser preso na Lava Jato

“Não é verdade. Não é verdade, presidente”, disse Gleisi ao rebater Renan sobre ajuda no Supremo

Senador reprovou comentários do colega a respeito de Gleisi