Preocupada com o desmonte das leis trabalhistas e da falta de proteção social aos trabalhadores brasileiros, a Igreja Católica Apóstolica Romana, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu condenar a reforma da previdência do governo Michel Temer.
No duro golpe desferido contra a reforma, a CNBB diz que o governo está escolhendo o caminho da exclusão social, ao acabar com a aposentadoria especial dos trabalhadores rurais, comprometer a assistência aos segurados especiais como indigenas, quilombolas e pescadores, além de reduzir os valores de pensões para viúvas e viúvos.
Em nota, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assumiu sua posição contrária à reforma que, além da idade mínima de 65 anos, exige 49 anos de contribuição para o benefício integral, num país que, nesta quarta-feira, 22, decidiu matar a CLT e precarizar de vez as relações de trabalho (leia aqui).
Na nota, os bispos lembram que a previdência “não é uma concessão governamental ou um privilégio”, mas sim um direito assegurado na Constituição de 1988.
No mesmo documento, o cardeal Sergio da Rocha, o arcebispo Murilo Krieger e o bispo Leonardo Steiner convocam os “cristãos e pessoas de boa vontade” a se mobilizarem.
“Deus nos abençoe”, diz ainda o documento.
No último dia 15, mais de 1 milhão de brasileiros foram às ruas contra o fim das aposentadorias.