29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Esportes

COB fala do planejamento do Brasil para os jogos de 2016

COB
Atletas entram na reta final do ciclo olímpico (Foto Ascom COB)

O momento mais esperado pelo esporte brasileiro está se aproximando. Daqui a um ano, no dia 5 de agosto de 2016, quando Time Brasil entrar no Maracanã para a Cerimônia de Abertura dos primeiros Jogos Olímpicos realizados na América do Sul, um minucioso planejamento elaborado desde 2009 pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) será colocado em prática. O objetivo é colocar o Brasil entre os dez primeiros no quadro total de medalhas do Rio 2016 e dar alicerces para que o país se mantenha nesta posição pelos Jogos subsequentes.

O Brasil tem hoje 353 vagas garantidas para os Jogos do Rio. A expectativa do COB é que o Time Brasil tenha cerca de 400 atletas participando do maior evento esportivo do mundo.

Para o COB, os próximos 12 meses serão do aprimoramento da execução do planejamento feito ainda no ciclo olímpico passado. Uma série de ações de apoio a atletas e equipes está sendo colocada em prática, em um trabalho em conjunto entre o COB, Confederação Brasileiras Olímpicas e Ministério do Esporte.

Para alcançar os objetivos em 2016, o Brasil conta com a união de todos os agentes do esporte. “A nossa maior vitória nestes últimos anos, desde que ganhamos o direito de ser sede dos Jogos Olímpicos de 2016, foi o alinhamento do pensamento. Nós conseguimos trazer para a mesma mesa, com investimentos para o mesmo caminho, Ministério do Esporte, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Defesa, Confederações Brasileiras Olímpicas e patrocinadores. Estamos todos juntos para realizarmos a melhor campanha possível nos Jogos Olímpicos Rio 2016”, declarou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.

A estratégia do COB envolve investimentos, de forma a atender todos os detalhes da preparação, em diversas áreas como: Ciências do Esporte, intercâmbio de treinamentos e competições, capacitação de treinadores, apoio às equipes multidisciplinares, compras de equipamentos, gerenciamento do CT Time Brasil, entre outros.

“Os atletas brasileiros hoje têm a possibilidade de preparação como os melhores do mundo, começando pelo treinador, brasileiro ou estrangeiro, ciências do esporte, local de treinamento, número de viagens de intercâmbio, de competições, equipamentos de última geração… Ou seja, o Brasil chegou ao padrão de Top 10. Falta agora chegar ao resultado daqui a um ano. É para isso que estamos trabalhando”, afirmou Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.

O ano de 2015, com Campeonatos Mundiais nas principais modalidades olímpicas, além dos Jogos Pan-americanos Toronto, encerrados há menos de uma semana, será um importante parâmetro para demonstrar o estágio da preparação dos atletas do Time Brasil na reta final para 2016. O COB realiza um monitoramento permanente de resultados dos principais atletas do país e de seus concorrentes, e com isso define estratégias de investimento e suporte. Os evento esportivos deste ano ainda servem para que sejam testados novos equipamentos específicos, assim como executadas estratégias competitivas diferenciadas.

“Está sendo o melhor quadriênio da história olímpica brasileira. Depois de Londres nós acompanhamos que em 2013 foram 27 medalhas em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes e em 2014, conquistamos 24 medalhas. Duas marcas nunca antes atingidas nos primeiros e segundos anos do ciclo. Agora, em 2015, tivemos os Jogos Pan-americanos de Toronto, onde ficamos na terceira colocação do quadro de medalhas. Neste ano, ainda temos vários importantes mundiais, que servirão de parâmetro para o que pretendemos avaliar em relação aos Jogos Rio 2016. Já estamos na fase de atacarmos os detalhes, mas os ajustes sempre podem ser feitos”, destacou Marcus Vinicius.

Nesse sentido, os Jogos Pan-americanos Toronto 2015, encerrados no dia 26 de julho, foram ricos em experiências e conclusões. O Time Brasil alcançou as principais metas propostas pelo COB para os Jogos. O país alcançou o total de 141 medalhas, ficando em terceiro lugar no quadro de medalhas da competição, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá. Com uma delegação composta por 70% de estreantes em Jogos Pan-americanos, o saldo da participação brasileira foi altamente positivo.

Em Toronto, assim como nos primeiros anos deste ciclo olímpico, o Time Brasil apresentou novas possibilidades de conquistas olímpicas. “A melhor preparação possível dos nossos atletas está se refletindo nos resultados que estamos obtendo ao longo do ciclo. Toronto confirmou uma série de atletas e modalidades em condições de brigar pelo pódio no Rio. Isso não é garantia de medalhas no Rio, mas indica que estamos no caminho certo”, disse Adriana Behar, gerente geral de Planejamento Esportivo do COB.

Para alcançar a meta estipulada, o COB estudou o cenário das últimas edições de Jogos Olímpicos. Em Pequim 2008, a Ucrânia ficou em décimo com 27 medalhas, enquanto em Londres a posição foi ocupada pela Itália, com 28. Estes países tiveram medalhas em cerca de 13 modalidades.

“Desde que montamos o mapa estratégico do COB em 2009, identificamos a necessidade de conquista de medalhas de no mínimo 12 modalidades em 2016. Desta forma, focamos o investimento em um número superior a isso. Seria impossível selecionarmos as 12 e ganhar medalhas em todas elas. Por isso temos uma abrangência maior. A preparação é a melhor possível, mas a diferença entre um atleta medalhista e outro não será definida em centímetros ou milésimos de segundo”, salientou Jorge Bichara, gerente geral de Performance Esportiva do COB. “Neste último ano de preparação, o treinamento necessita ser eficiente e inteligente. Um ano de estudo dos adversários e de atenção aos detalhes. Podemos e devemos buscar sempre a melhora do nosso desempenho”, afirmou Bichara.

Fonte: Ascom COB