19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Collor: madeira no espinhaço no processo eleitoral em Maceió

Collor perderia o fórum privilegiado no STF para ser prefeito de Maceió?

O nanico PTC, partido do senador Fernando Collor, decide nesta quinta-feira quem será o seu candidato a prefeito de Maceió. Paulo Memória ou o próprio Collor?

O senador tem tudo para não ser. Primeiro por que a possibilidade de morar 4 anos seguidos em Maceió, caso vença as eleições, à essa altura do campeonato, não é nenhum estímulo para ele. Ainda mais ter que lidar com as demandas mais imediatas – e muitas banais – da população não é seu estilo. A vida no alto circulo do poder lhe é muito mais atrativa.

Collor nas eleições de Maceió.
Collor nas eleições de Maceió.

Ademais, Collor é réu em processo no STF, depois de denunciado na Operação Lava Jato, pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e sair do Senado para se eleger prefeito de Maceió é perder o foro privilegiado. Isso, obviamente, ele não quer para a vida dele.

O mais certo nessa falação de Collor candidato a prefeito é que ele barganha. E isso faz com maestria. E a barganha se alastra por todos os lados. Desde o político ao empresarial.

Basta perceber que as empresas da OAM, de Collor, no final do ano passado faturaram quase R$ 4 milhões com propaganda da Prefeitura de Maceió. Grande parte desse dinheiro ainda não foi pago por que não havia dotação orçamentária. E dessa fatura o governo municipal não tem como escapar.

Esse é só um detalhe. Há outros de norte exclusivamente políticos que o senador conduz dos bastidores que, naturalmente, incomodam a todas as lideranças estaduais.

A história é mais ou menos assim. Enquanto líder político alagoano – amado e odiado pela população – Collor tem a clareza de que eleições neste Estado não se faz sem ele ser ouvido, consultado.

Quando isso não acontece a madeira no espinhaço aparece.