29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Com baixo poder de compra da população, inflação fecha 2017 em 2,95%

Meta do governo era de 4,5%; País registrou a menor variação de preços médios desde 1998, quando fechou em 1,65%

Quando a população não tem dinheiro no bolso, o comércio reage diminuindo os preços, ou não aumentando tanto o valor dos produtos, para tentar movimentar as vendas. Somando isso com o aumento de impostos, na tentativa de aumentar a arrecadação, o poder de compra cai mais ainda. A solução natural no mercado foi então uma inflação abaixo do esperado, como aconteceu no ano passado.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, fechou 2017 em 2,95% e ficou abaixo do limite mínimo da meta do governo pela primeira vez na história. É também a menor inflação anual desde 1998 (1,65%).

Os bons resultados da safra puxaram para baixo os preços da maioria dos alimentos, o que contribuiu para desacelerar a inflação e ajudou a compensar a disparada de preços de outros produtos e serviços, como gás de cozinha, gasolina, contas de luz, água e esgoto e planos de saúde.

As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (9).

Meta era de 4,5%

A meta em 2017 era manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, podendo variar entre 3% e 6%. O sistema de metas foi criado em 1999.

A inflação abaixo da meta já era esperada pelo governo, que previa IPCA de 2,8%, e por analistas consultados pelo Banco Central, que viam alta de preços de 2,79%.