Os altos valores de mensalidades cobrados pelos Planos de Saúde brasileiros já trouxeram consequências práticas para o setor, que estão a perder clientes de forma desembalada.
Segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde (ANS), o número de beneficiários de planos de saúde caiu pelo 2º ano consecutivo em 2016.
Em dezembro de 2015, eram 49,2 milhões de usuários. No mês passado, esse número reduziu para 47,9 milhões –uma retração de 2,8% em 1 ano. Em Alagoas a retração foi de -1.217.
Na última década, a adesão aos planos de saúde cresceu entre 2006 (37,2 milhões) e 2014 (50,5 milhões). O número reduziu nos anos seguintes, acumulando perda de 2,5 milhões de clientes de 2014 até o último balanço.
Em números absolutos, os 3 Estados em que a quantidade de beneficiários mais caiu foram: SP, RJ e MG. Só em São Paulo, foram extintos mais de 630 mil vínculos de planos de saúde. Rio de Janeiro (-264.683) e Minas Gerais (-172.675) vêm em seguida.
Em termo percentuais, as maiores retrações de clientes foram em Rondônia (-8,56%) e no Maranhão (-4,59%).
Piauí (+2,72%) e Tocantins (+2,69%) foram os únicos Estados onde a quantidade de usuários aumentou acima de 0%.
O valor das mensalidades dos planos de saúde registraram alta de 13,55% em 2016, segundo o IBGE. É o maior salto de preços desde 1997.
O item foi o que mais cresceu no grupo saúde e cuidados pessoais do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), sendo o único dos 9 grupos cujos preços subiram mais no ano passado do que em 2015.