O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci estaria avaliando a possibilidade de fazer uma delação premiada, apesar de seu advogado, José Roberto Batochio negar esta possibilidade. De acordo com informações da colunista Monica Bergamo, Palocci estaria falando sobre o tema abertamente em Curitiba, onde está preso.
Palocci, preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, no dia 26 de setembro, estaria em situação difícil. O juiz federal Sergio Moro decretou o bloqueio de seus bens até o valor de R$ 128 milhões. Segundo o magistrado, esse é o montante indicado em planilha da Odebrecht que supostamente registra os valores de propina que estavam sob a gestão do ex-ministro – desse total, Palocci teria recebido R$ 6 milhões.
Os valores bloqueados em nome de Palocci e da empresa dele, a Projeto Consultoria Empresarial, chegaram a um total de R$ 61,7 milhões. Deste valor, R$ 31 milhões estavam em aplicações financeiras.
Como se não bastasse, Palocci teria ainda US$ 348 milhões depositados em uma conta de um banco em Miami. Segundoinformações do site “O Antagonista”, a força-tarefa da Operação Lava Jato já teria sido informada.
Ainda segundo “O Antagonista”, “para chegar a Miami, os investigadores farão escala em Araçatuba.”
Suicídio – Já o ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci na Casa Civil, Branislav Kontic, teria tentado suicídio no fim de setembro, de acordo com informações do colunista Lauro Jardim.
Segundo o colunista, Kontic teria ingerido 40 comprimidos de um medicamento ainda na sede da PF em Curitiba. Transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Kontic teria começado a passar mal. De acordo com Lauro Jardim, ele teve que ser levado a um hospital ainda na sexta-feira. Na segunda-feira, porém, teria se recuperado e voltado para o CMP.
Na sexta-feira, dia 30, o juiz Sérgio Moro converteu a prisão de Branislav Kontico de temporária para preventiva. No mesmo dia ele teria tomado os comprimidos. Ele e Palocci são acusados pela força-tarefa da Lava Jato de agir em favor da Odebrecht, intermediando o pagamento de propinas.