28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Conferência repudia crescimento de 364,29% de mortes de jovens

O documento tirado na conferência estadual de Direitos Humanos faz referência aos “confrontos” no Estado

Um manifesto aprovado na Conferência Estadual de Direitos Humanos revela dados do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, cujo conteúdo se refere as mortes de jovens no País e no Estado de Alagoas. De acordo com o anuário, em 2014, a cada três horas, uma pessoa foi morta pelas policias no Brasil.

Esse número representou a taxa de 5% das mortes violentas intencionais do país, taxa superior à dos crimes de latrocínio que, no mesmo período, responderam por 1% das mortes intencionais no Brasil, causadas pela letalidade policial.

O Anuário também registrou o morticínio de policiais em 2014: ao menos um policial foi morto por dia, perfazendo a funesta cifra de 398 policiais mortos.

No Estado – Em Alagoas, os dados oficiais coligidos dos Boletins Anuais de Estatísticas Criminais da Secretaria de Segurança Pública, segundo o manifesto da conferência de Direitos Humanos ” um perigoso crescimento de 364,29% no período de 2013 a 2015 das mortes causadas pela letalidade policial, denominadas nos referidos boletins como “resistência com o resultado morte”.

Diz o documento que essa modalidade de Crime Violento Letal e Intencional saltou de 28 em 2013 para 102 em 2015.

Por fim, o documento da conferência estadual, realizada pela Secretaria da Mulher e Direitos Humanos de Alagoas repudia o “ethos belicista imperante nas políticas de segurança de “guerra ao crime” obstaculiza a missão teleológica das polícias no estado democrático de direito: a redução das possibilidades de que direitos humanos sejam violados”.

E conclui o documento: – O pretexto da redução de homicídios, não justifica o aumento absurdo da letalidade policial em Alagoas, por isso, repudiamos a política de “guerra ao crime” que vitimiza a população mais pobre e expõe os trabalhadores da segurança pública a riscos