O poder judiciário, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, desaba com os novos áudios de Joesley Batista entregues ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. A própria PGR é atirada na lama nesse episódio que levará a anulação da delação do megaempresário da JBS.
Que a corrupção na corte é antiga já se sabia. Difícil era tornar os fatos explícitos por se tratar de um Poder e briga com essa instituição não é bom negócio para ninguém.
A corrupção, portanto, não é um mal só na classe política. Ela está no DNA do País desde os primórdios, quando traficantes portugueses trouxeram para cá os primeiros navios negreiros.
E foram esses traficantes que aqui se instalaram e formataram a elite nacional.
É isso mesmo que temos nos tribunais, que vendem sentenças, nas câmaras e assembleias, que recebem mensalinhos de prefeitos e governadores, e no plano federal, é essa sabida conjunção de hienas cada vez mais insaciável.
O quadro político e institucional no País é tão grave que a sociedade não enxerga um nome confiável para tirar o País do atoleiro. Exatamente por que nos falta.
E neste caso quem faz a festa com tudo isso é a mediocridade política que se expande e vai ampliando a área da areia movediça e fétida que cerca os três poderes.
Nesta terça-feira, 05, o STF ou o ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin, terá que dizer se quebra ou não o sigilo dos novos áudios da JBS.
É a hora de cortar na própria carne. Ou como se diz no interior: a hora da onça beber água.
Se é que ainda há o que beber.