28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Policia

Pai de criança agredida nega ter feito “proposta despropositada” para Creche

Instituição lamentou o ocorrido e confirmou que a professora agressora já foi desligada da creche; Dois lados se acusam através de notas

A Creche Vovó Eulália, localizada na Ponta Verde, em Maceió, emitiu nota de esclarecimento na tarde desta sexta-feira, 2, após um pai denunciar professora por agressão ao seu filho.

Paulo Soares Teixeira acusou uma professora da Creche Vovó Eulália, localizada no bairro Ponta Verde, em Maceió, de agredir seu filho de dois anos. Ele foi até a delegacia após perceber hematomas no corpo do filho.

Apesar do fato ter ocorrido no dia 23 de janeiro, o caso só veio à tona nesta quinta-feira (1º).

A instituição lamentou o ocorrido e confirmou que a professora acusada por agressão já foi desligada da creche.

Além disso, confirmou que uma indenização de R$ 30 mil foi solicitada pelo pai da criança. Diante do pedido de feito pelo pai da criança, a escola disse que “entendeu tratar-se de uma “proposta” despropositada”.

A instituição informou que não teria como dispor deste montante e ofereceu o valor R$ 5 mil, quantia que não foi aceita.

Através de nota dos advogados, o pai da criança foi novamente às redes sociais para negar que tenha tentado extorquir a escola.

“Em momento algum o escritório, seus sócios, associados ou os pais da criança envolvida no incidente pretenderam extorquir a escola. A escola procurou o pai da criança e tentou uma composição amigável, prometendo colaborar com a apuração do ocorrido e fazendo uma proposta de composição de danos cíveis, o que foi rechaçado de imediato quanto a não divulgação do episódio”, disse a postagem.

Nota na íntegra da escola

A Escola Vovó Eulalia, representada neste ato por sua titular Maria Isabel Freitas Daniel, vem de público, prestar os devidos esclarecimentos sobre o fato ocorrido no dia 23 de janeiro próximo passado;

Lamentavelmente a professora Nadja Souza da Silva Buarque, injustificadamente, pegou com suas mãos nos bracinhos de uma criança deixando marcas (vermelhidão) nos locais afetados pelo gesto da referida professora;

Que os pais da criança perceberam os braços da criança marcados e se dirigiram a escola; e, em chegando na mesma procuraram saber o que ocorreu;

Verificando-se as câmeras percebeu-se, claramente, o que realmente havia ocorrido e ato continuo a Escola Vovó EULALIA demitiu a professora sumariamente por justa causa.

Pois bem, os pais da criança levaram a mesma, afirmando que ali ela não ficava mais para estudar. E, no dia seguinte o Sr. Paulo, genitor do menor, através de seu advogado, Dr. Denarcy telefonou para a representante da Instituição Educacional solicitando uma reunião com a mesma, cujo evento ocorreu no escritório do referido profissional.

Veja, na reunião foram discutidos dois pontos, sendo eles o seguinte:

  1. Qual a providência que a escola teria tomado com relação à professora? O que foi respondido que a professora havia sido demitida por justa causa;
  2. O Sr. Paulo disse que não havia comentado nada com ninguém a respeito do ocorrido, pois se tornasse público iria expor as outras crianças que estudam na mesma sala. Contudo para que o assunto fosse guardado de forma tumular a escola teria que arcar com o pagamento de uma “indenização” esta no importe de R$30.000,00 (trinta mil reais), caso contrário o assunto iria se tornar público, pois o Sr. Paulo iria colocar em jornais e nas redes sociais. E, foi concedido um prazo para que a Escola se pronunciasse sobre a proposta.

Que, no dia 01 de fevereiro a Sr.ª Isabel retornou ao escritório do Dr. Denarcy Souza e Silva; e, na oportunidade afirmou que não tinha condições de pagar o valor proposto para manter o sigilo sobre o ocorrido, pois o máximo que poderia pagar seria R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para as despesas do advogado e que o que cabia à escola ela fez, ou seja, demitir a funcionária em por justa causa e relatar o ocorrido para os pais da turma.

 Esclarece que nas duas reuniões ocorridas no escritório do Dr. Denarcy, a escola se fez representar por sua titular, Sra. Maria Isabel Freitas Daniel, a qual se fez acompanhar de seu advogado Gilberto Lamarck de Oliveira, o qual participou ativamente da reunião. 

Ou seja, os fatos expostos na mídia pelo Sr. Paulo Soares Teixeira Filho realmente ocorreu, lamentavelmente uma irresponsável praticou os atos reportados na noticia que se lê nas redes sociais, porém, o pai do menor, Sr. Paulo, só esqueceu de dizer que exigiu R$30.000,00 (trinta mil reais) para ficar calado, ficando claro a chantagem;

A Escola Vovó Eulália tem quase 20 anos no mercado e nunca, em nenhuma oportunidade se descuidou de seus alunos, nunca foi negligente com suas obrigações e lamenta profundamente o fato ocorrido, aproveitando o ensejo para expressar sinceras desculpas aos pais do menor, bem como agradecer a todos os pais que estão apoiando a escola e confiando em nossos serviços.

A Escola Vovó Eulália declara que está de portas abertas para dar explicação a todos os pais de alunos que estudam na mesma e espera contar com a compreensão de todos, deixando claro que não cedeu as chantagens que exigiam o importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) primeiro porque não dispõe de tal valor e em segundo lugar porque entendeu tratar-se de uma “proposta”  despropositada e por não ter sido  atendido a proposta do pai do aluno, o mesmo cumpriu o que prometera fazer caso não lhe  fosse pago o valor supra mencionado.

Atenciosamente

Isabel Daniel

Nota na Íntegra da família do agredido

Diante dos fatos ocorridos e noticiados durante todo o dia de hoje, nas mídias de grande circulação no Estado, o Escritório Souza e Silva vem à público esclarecer que: Em momento algum o escritório, seus sócios, associados ou os pais da criança envolvida no incidente pretenderam extorquir a escola.

A escola procurou o pai da criança e tentou uma composição amigável, prometendo colaborar com a apuração do ocorrido e fazendo uma proposta de composição de danos cíveis, o que foi rechaçado de imediato quanto a não divulgação do episódio.

A ação penal face a agressora já está em curso em sua fase inicial e até o presente momento sequer já se tinha deliberado acerca de uma ação civil em face da escola, mas depois das últimas declarações por ela prestadas parece inevitável essa medida judicial.

Lamentamos profundamente a tentativa da escola em desacreditar a família Soares Teixeira de sua dor, tendo em vista que as imagens e o vídeo falam por si só. Na mesma oportunidade o escritório reitera seu compromisso com a sociedade alagoana e se coloca a disposição para esclarecer eventuais dúvidas.

O Escritório irá tomar as medidas judiciais necessárias em razão da falsa imputação a ele atribuída pela desesperada nota da Escola Vovó Eulália. Atenciosamente, Souza e Silva Advogados.