Nem a votação da LDO, que acabou sendo adiada; nem o pedido de licença do deputado Dudu Hollanda, que não foi encaminhado; nem a posse do suplente Cícero Cavalcante, que continua na expectativa. O centro das atenções, no retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa, acabou sendo a presença de dois cronômetros instalados no plenário, nos dois pólos da mesa diretora.
E nem tanto pelo tamanho – ainda. Por enquanto são apenas dois monitores de computador, com o relógio em tela cheia, que em breve serão substituídos por um grande painel. A curiosidade despertada é mais pela função do cronômetro, que vai regular o tempo de discurso dos deputados, durante as sessões, e lembrar aos mais empolgados, quando for hora de parar.
E se o alerta do tempo não surtir efeito, o instrumento tem autonomia para cortar a palavra do parlamentar falador, se ele extrapolar seus 15 minutos de oratória – ou de fama.
Por que isso? Pelo regimento, cada deputado tem um tempo definido para expor suas ideias e defender seus projetos, em cada etapa da sessão plenária. E no primeiro semestre legislativo, alguns novatos deram trabalho à Mesa Diretora nessa história de controle do tempo. Houve momentos, até, de se cortar o microfone.
Não sei se por esse motivo, ou pelo fato de que, na Câmara Municipal, foi instalado um cronômetro na gestão de Galba Novaes, que alguns deputados estavam chamando o regulador de tempo da Assembleia, de ‘galbômetro’.