Na reunião, do último domingo ocorrida no Palácio do Jaburu, entre o presidente interino, Michel Temer, e presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, definiram estratégias para salvar o mandato do parlamentar e ainda a sucessão no Leguslativo.
A princípio ficou definido que Cunha renunciaria a presidência da Câmara e e tentaria preservar seu mandato parlamentar, mantendo o foro privilegiado. E juntos, Temer e Cunha, trabalhariam para eleger o deputado Rogério Rosso (PSD-DF). Ele seria desta forma o candidato do Palácio do Planalto à presidência da Câmara dos Deputados.
Cunha e Temer, que são “sócios” no impeachment da presidente Dilma Rousseff, querem colocar um aliado no comando do Legislativo, no lugar de Waldir Maranhão (PP-MA).
Caso o acordão prospere e Cunha consiga se salvar, seria evitada uma delação premiada que implodiria o PMDB e o próprio governo interino de Temer.
Falta, no entanto, combinar com a Justiça Federal do Paraná, onde Danielle Dytz e Cláudia Cruz, a filha e a esposa de Cunha, respondem a processo, e com o STF, que transformou o deputado, pela segunda vez, em réu por 11 votos a zero na semana passada.
Cunha é acusado de receber R$ 52 milhões de propina em apenas uma das acusações, que envolve a Carioca Engenharia. Em coluna publicada nesta quarta, o jornalista Ricardo Noblat disse que Temer faz o que pode para salvar Cunha (leia aqui), a quem chamou de “batalhador político e jurídico”.