Quando a seca vai embora a vida o sertão brota de todas as formas. O cenário se transforma e a convivência entre os seres se tornam muito mais harmônica. As fotos nesta pequena fazenda do semiárido alagoano dçao a exata dimensão de como seria o dia a dia do sertanejo se a temporada de estiagem não existisse.
Mas se o cenário no campo mudou, no rio São Francisco, que corta vários municípios sertanejos, o drama ainda é o mesmo.
O assoreamento tem afetado consideravelmente o leito do rio e, a rigor, não se vê nenhuma autoridade constituída e muito menos politicos com mandatos a manifestar qualquer tipo de preocupação com o velho Chico.
Não sai da Assembleia Legislativa Estadual, nem do Congresso Nacional, nenhum tipo de manifestação objetiva e sincera na defesa do rio São Francisco.
As vilas de pescadores já desapareceram da beira do rio. O pescado já não rende. Os gestores cruzam os braços e os que viviam da pesca agora vivem do bolsa família.
Tudo isso muito conveniente para uma classe política que adora ter o controle da vida dos eleitores. Quanto mais dependerem de suas benesses, mas interessantes se tornam.
Tem sido assim a regra do jogo para quase todos e em todos os partidos políticos. Enganação e discurso fácil.
Naturalmente que isso não está restrito a questões pontuais do semiárido alagoano, mas, infelizmente a tudo que envolve políticas públicas neste Estado. Tudo que não se quer, entre gestores políticos com mandato é deixar de lado a belíssima zona de conforto para trabalhar em defesa de um bem maior, que deveria ser a coletividade e o bem público.
Lamentavelmente, assim não é.