O Raio-X Bolsa Família, diagnóstico feito pelo Ministério Púbico Federal (MPF), no período de 2013 a maio de 2016, mostrou que, entre os suspeitos de irregularidades em Alagoas estão mortos, funcionários públicos e empresários. A investigação revelou que, entre os mais de 618 mil beneficiários do Bolsa Família no Estado, 13.936 são considerados suspeitos.
Eles teriam recebido irregularmente mais de R$ 56 milhões. Sendo R$ 50 milhões pagos a empresários; R$ 4 milhões a servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; R$ 1 milhão pagos a beneficiários falecidos; R$ 167 mil a doadores de campanhas que doaram valores superiores ao benefício recebido; R$ 66 mil a servidores públicos doadores de campanha (independentemente do valor da doação).
Segundo o MPF/AL, a maioria das irregularidades foi identificada no município de Rio Largo, com 4,30% de recursos do programa pagos a perfis suspeitos. São considerados suspeitos beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa.
O município de Penedo, com 4,17%, e Pilar com 3,60%, estão entre os que registram maior número de irregularidades. Embora com o menor percentual de perfis suspeitos em relação ao total de recursos pagos pelo programa (0,39%), município de Belém também entrou na lista de irregularidades.
O Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL) expediu recomendações a todas as 102 prefeituras para que realizem visitas domiciliares a todos os beneficiários do programa Bolsa Família considerados suspeitos.