18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Esportes

Delegação brasileira entra em contagem regressiva para disputa da Universíade

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Evento irá reunir mais de 170 países (Foto: Wander Roberto/Inova Foto)

Com pouco mais de uma semana para o início da 28ª edição da Universíade, em Gwangju, na Coreia do Sul, a delegação brasileira já está na expectativa para realizar o principal objetivo no ano. A equipe verde e amarela da CBDU (Confederação Brasileira do Desporto Universitário) busca mais um resultado expressivo na segunda maior competição poliesportiva do mundo – atrás apenas dos Jogos Olímpicos -, que será realizada de 3 a 14 de julho.

Ao todo, o campeonato universitário no país asiático, que pela segundo vez é palco do evento – Coreia do Sul recebeu a Universíade em 2003, em Daegu -, terá mais de 10 mil participantes, de 170 países. Serão 21 modalidades esportivas, sendo 13 oficiais (Futebol, Voleibol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Natação, Judô, Tênis, Tênis de mesa, Esgrima, Polo Aquático, Saltos Ornamentais, Atletismo e Basquete) e 7 opcionais, escolhidas pela cidade-sede (Arco e Flecha, Badminton, Baseball, Golfe, Remo, Tiro ao alvo, Taekwondo e Handebol).

O Brasil será representado por 203 atletas, distribuídos em 20 modalidades (Atletismo, Basquete, Esgrima, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Judô, Natação, Polo Aquático, Taekwondo, Saltos Ornamentais, Tênis de Mesa, Tênis, Voleibol, Tiro com Arco, Badminton, Golfe, Handebol, Remo e Tiro Esportivo). Eles chegam à Universíade após passarem por diversas seletivas, como a LDU e o JUBs, competições organizadas pela própria CBDU e consideradas os maiores eventos do esporte universitário brasileiro, com mais de 50 mil atletas universitários por ano. A delegação verde e amarela será complementada na Ásia por 63 membros das comissões técnicas e 41 do setor administrativo, técnico, marketing e de comunicação. Assim, a equipe completa será de 307 pessoas.

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Handebol é uma das esperanças de medalha (Foto: Luiz Pires/Fotojump)

“Estamos vivendo uma década na qual o Brasil colocou o esporte como pauta principal em todas as agendas e se posicionou como protagonista no cenário esportivo mundial. O esporte universitário é parte importante neste processo e, por isso, nos últimos anos investimos muito na reestruturação do esporte universitário brasileiro. A CBDU vem conquistando grandes avanços, como as parcerias com quase todas as confederações, recordes de medalhas nos eventos internacionais a cada ano, na participação e realização de eventos nacionais e internacionais, nos números de participantes e tantas outras conquistas”, destaca Luciano Cabral, presidente da CBDU e vice-presidente da FISU (Federação Internacional do Esporte Universitário).

Destaques

Atual campeã do Mundial Universitário de Handebol, a seleção brasileira feminina chega à Coreia do Sul com favoritismo. Com a base mantida, a equipe do técnico Daniel Cubano tem grandes chances de trazer medalha ao país.

Eleita a melhor goleira do Mundial Universitário em 2014, a goleira Flávia Vidal espera manter a supremacia brasileira no cenário internacional. “A expectativa é a melhor possível. Nosso objetivo é seguir no topo e defender o título mundial em Gwangju. Apesar de alguns desfalques por contusão, seguimos com a mesma base que conquistou o mundial em Portugal no ano passado e vamos manter nosso padrão de jogo”, revela a atleta de 25 anos que atua pela Unisant’anna (SP).

Para a ponta esquerda da seleção Dayana Rodrigues, a disputa na Coreia do Sul tem um sabor especial. “Em Gwangju será a primeira vez que o handebol integrará o quadro das modalidades da Universíade. Fazer parte de um evento deste porte é muito emocionante e estamos ansiosas para a viagem” afirma a atleta, que atua nos torneios universitários no Brasil pela equipe da UNINASSAU (PE).

No judô, uma das esperanças de medalha é Sibilla Faccholli. Com um currículo invejável, a judoca de 21 anos foi bronze no Mundial Júnior de 2013, conquistou dois ouros no Continental Júnior e Cadete, além de no ano passado ter vencido os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), na categoria acima de 78kg. “Eu venho das categorias de base da CBJ. Tenho treinado bastante e vou com tudo. Encontrarei atletas de alto nível, bem fortes, mas não vou desistir nunca”, diz a atleta, que garantiu a vaga para Gwangju após vencer a Liga do Desporto Universitário de Judô, defendendo as cores da Unisant’anna (SP).

Participação brasileira na Universíade

Na última edição, há dois anos, em Kazan (RUS), o Brasil ganhou 11 medalhas: ouro (bicampeão) com Arthur Zanetti nas argolas (G.A), Rochelle Nunes e Ketleyn Quadros no Judô e Ronald Julião no lançamento de disco (Atletismo); prata com a seleção feminina de vôlei, Rochele Nunes no judô e Anderson Henriques nos 400m rasos (Atletismo); bronze com a equipe masculina de Judô, seleção feminina de futebol, Rafael Buzacarini e David Silva, no judô.

Universíade abre portas para as Olimpíadas

Organizada pela Federação Internacional de Esporte Universitário (FISU), entidade responsável pelas competições universitárias oficiais ao redor do mundo, a Universíade é sempre valorizada por ser uma competição que antecipa muitos dos medalhistas olímpicos. Segundo pesquisa da FISU, 48% dos medalhistas em Olimpíadas já conquistaram medalhas em Universíades.

Medalhistas olímpicos na Universíade

Arthur Zanetti, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e a judoca Ketleyn Quadros, primeira atleta nacional a conquistar uma medalha olímpica, em Pequim (CHN), em 2008, são exemplos de atletas que disputaram a Universíade e que posteriormente se destacaram no maior evento poliesportivo do mundo.

Fonte: Imprensa CBDU