26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

Delegado é surpreendido com destituição de cargo na PC

O delegado geral da Polícia Civil (PC), Paulo Cerqueira, pode remanejar como e quando quiser os diretores e coordenadores dos cargos na estrutura da instituição. É um poder inerente à posição de comando sob a qual está assentado.

Mas não custa informar ao colega quando decidir promover alguma mudança, né?

Ninguém fica feliz de saber por terceiros que foi destituído de uma função.

Essa postura desrespeitosa atingiu em cheio ao delegado José Carlos André, surpreendido pela notícia, publicada no Diário Oficial desta terça-feira, 1º, de que já não é mais coordenador da Delegacia de Homicídios (DH).

Respeitado, de boa relação com a mídia, José Carlos André estava desenvolvendo ótimo trabalho na Homicídios.

Procurado, confirmou que soube da mudança pelo DOE, mas garantiu que se trata de rotina administrativa. A mesma justificativa que me passou o assessor de imprensa da PC, querido companheiro Amarildo Albuquerque.

Meu oráculo me alerta:

– Bleine, há mais coisas entre o céu e a terra do que pode supor tua curiosidade jornalística!

A eleição da nova diretoria da Associação dos Delegados (Adepol) seria a causa da tal “rotina administrativa”? – indago.

– Mulher, pule essa! – reage a fonte que tudo sabe. Mas em seguida, afirma:

-Tem sim, alguma coisa nessa mudança. Mas não é hora de revelar!

Tudo bem, o tal poder discricionário do Dr. Paulo Cerqueira lhe permite remanejar delegados e agentes como quiser.

Mas não custa informar a quem será atingido.

Ou a política de unidade e respeito é só discurso?

Punossasinhora!

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