Enquanto o governo comemora a redução no número de homicídios, os policiais reclamam da qualidade dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisp’s), unidades que estão sendo espalhadas pelo Estado como instrumento na luta contra a criminalidade. Um exemplo é o Cisp do município de Ouro Branco que, segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL)apresenta graves problemas estruturais menos de três meses depois de inaugurado.
O aponta de infiltrações nas paredes, o forro do teto que está caindo, da água que vem do carro-pipa, e das maçanetas das portas que apresentam defeitos. Um outro problema é que os Cisp já está superlotado. Com capacidade para quatro presos, lá já estão 15 detentos.
O Sindpol vem denunciando as precárias estruturas dos CISPs de Murici, Boca da Mata e Girau do Ponciano. O vice-diretor Jurídico do Sindicato, Ricardo Nazário, chama a atenção ao alto custo de cada CISP: R$ 1 milhão e 200 mil, quando a estrutura não oferece espaço físico, segurança e acomodação nem aos policiais, nem à população.
As paredes internas são feitas de alvenaria, o que torna a estrutura frágil. Existe apenas um banheiro para 14 pessoas, entre policiais civis e militares. Os alojamentos da Polícia Civil e da Polícia Militar foram projetados em um espaço apertado, cabendo apenas duas camas. Há problema na instalação hidráulica. A água dos banheiros não desce pela tubulação, acaba retornando ao piso. O piso apresenta rachadura e afundamento no solo.
Em Murici, a falta de água é constante, e a qualidade é inapropriada para uso humano, apresentando cor escura.
O vice-diretor Jurídico do Sindicato, Ricardo Nazário, ressalta que o custo de cada Cisp poderia recuperar mais de 30 delegacias em Alagoas.