Nesta segunda-feira (11) o juiz federal de Alagoas Ricardo Luiz Barbosa de Sampaio Zagallo acatou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Com isso, Teotonio Vilela se torna réu e precisará responder judicialmente pelos crimes de que é acusado, relacionados as obras do Canal do Sertão. No caso, R$ 2 milhões de propina em um esquema de desvios.
Crimes de fraude à lei de licitação, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de capitais, entre os anos de 2009 e 2014, referente às obras dos trechos 3 e 4 do Canal do Sertão foram constados pela Operação Caribdis, da Polícia Federal (PF).
Segundo a Polícia Federal, Vilela era conhecido na planilha da Odebrecht como “Bobão” e teria recebido R$ 2,1 milhões em propinas, dinheiro que foi pago parceladamente em três vezes.
No último dia 7, o MPF ofereceu denúncia criminal à Justiça Federal contra Teotonio Vilela e outros acusados por desvio de dinheiro público em benefício próprio e alheio.
Denunciados
Também foram denunciados Marco Antônio de Araújo Fireman, ex-secretário Estadual de Infraestrutura; Fernando José Carvalho Nunes, ex-secretário adjunto Estadual de Infraestrutura; Ricardo Felipe Valle Rego de Aragão, ex-Superintendente/Assessor de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Infraestrutura; Carlos Alberto Quintella Jucá, ex-assessor especial do ex-governador; e Elias Brandão Vilela Neto, irmão do ex-governador.
Do núcleo empresarial, os denunciados são: João Antonio Pacífico Ferreira, que na época dos fatos era diretor-superintendente da Construtora Norberto Odebrecht; Alexandre Biselli, diretor de contrato da Odebrecht; Fabiano Rodrigues Munhoz, também diretor da construtora Odebrecht; Jerônimo Leoni Leandro Lima, engenheiro da Cohidro Engenharia; José Ricardo Nogueira Breghirolli, diretor da Construtora OAS, e; Ide Saffe Junior, engenheiro da OAS.