29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Temer muda defesa com depoimento de Marcelo odebrecht sobre Caixa 2

Dependendo do que for dito pelo ex-presidente da Odebrechet S/A, ação do PSDB pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer, ganha proporções mais graves.

O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente da holding Odebrehct S.A., vai ser ouvido logo mais à tarde, pelo corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Herman Benjamin, em Curitiba. O depoimento, no qual Marcelo Odebrecht vai depor como testemunha nas ações que tramitam no TSE pedindo a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer por suposto abuso de poder político e econômico na eleição presidencial de 2014, está marcado para as 14h30, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Temer: depoimento complicado

Segundo o noticiário nacional, como o site G1, pelo que foi narrado das colaborações premiadas da Odebrecht, o empreiteiro pode ajudar com informações relevantes para as ações apresentadas pelo PSDB, nas quais o partido aponta uma série de irregularidades, entre elas o financiamento ilegal por empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Outros dois executivos ligados a Odebrecht, que fecharam acordo de delação premiada, também prestarão depoimento.
Curioso, revelam analistas políticos, é que a convocação de Marcelo Odebrecht levou o presidente Michel Temer (PMDB), a mudar a estratégia de defesa na ação que pode cassar seu mandato. Até então, Temer sequer havia apresentado testemunhas, apostando que não há provas diretas contra ele.
Pela primeira vez no processo, o presidente, por meio de seus advogados, avalia pedir que testemunhas sejam ouvidas, o que significa que a estratégia do governo passa a ser a de esticar o processo.
Se Marcelo Odebrecht falar, a expectativa é que ele envolva Temer diretamente em pelo menos dois episódios: um jantar em que Temer e Marcelo combinaram doações para o PMDB, em 2014, além de um caso envolvendo repasses em troca de apoio a partidos da coligação que elegeu Dilma e Temer em 2014.
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