Envolvido em 5 inquéritos da Lava Jato, a partir da lista do Ministro Edson Fachin, o senador Aécio Neves (PSDB), ex-candidato a presidente da República, desapareceu do Senado Federal, segundo o jornal Estadão.
Asessores dizem que ele foi preparar a defesa dos inquéritos que responde, depois da delações dos executivos da Odebrecht.
Entre os inquéritos contra Aécio autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, está o recebimento de propina da Odebrecht no valor de R$ 7,3 milhões.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, autora do pedido, dois delatores da Odebrecht apontaram, por meio de declaração e prova documental, o pagamento, em 2010, de “vantagens indevidas” no total de R$ 5,5 milhões, a pedido de Aécio.
Em outro inquérito, Aécio é investigado ao lado do deputado Dimas Fabiano (PP-MG). O pedido é baseado nas colaborações premiadas de BJ e de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira. Segundo o Ministério Público, os delatores “apontam, por meio de declaração e prova documental, que, em 2014, pagaram, a pedido do Senador Aécio Neves, vantagens indevidas a pretexto de campanhas do próprio Senador à presidência da República e de vários outros parlamentares, como Antonio Anastasia, Dimas Fabiano e José Pimenta da Veiga Filho”.
O terceiro inquérito investiga relatos de pagamento de propina a Aécio vinculados à construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira. Os pagamentos teriam sido feitos em conjunto com outra empreiteira investigada pela Lava Jato, a Andrade Gutierrez. Os repasses teriam sido feitos em parcelas de R$ 1 milhão e R$ 2 milhões.
Segundo os delatores, Aécio seria o “Mineirinho” da planilha do setor de propina da empreiteira.