18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Depois de registrar 85 casos de microcefalia, governo do Estado emite nota

Alagoas é o quarto Estado do Nordeste em incidência de casos

saúde bebeApós constatar que o Estado já conta com 85 casos de mocrocefalia, o governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, decidiu emitir uma nota técnica para esclarecer os casos existentes e como eles se comportam.

A nota, segundo a assessoria da pasta da saúde, foi necessária para que não haja especulação indevida sobre a questão que vem sendo monitorada dia a dia pelas equipes escaladas pelo Estado para evitar o alastramento dos casos. Alagoas aparece hoje como o quarto Estado em incidência de casos de microcefalia.

Eis, portanto, a íntegra da nota do governo do Estado:

MONITORAMENTO

Saúde divulga nota técnica com atualização de casos de microcefalia em AL

 

Dados dizem respeito à ocorrência da doença em recém-nascidos relacionada à infecção do vírus Zika

 

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio desta Nota Técnica, atualiza as informações sobre a notificação de microcefalia em Alagoas.

O Ministério da Saúde recomendou que, a partir do dia 19/11/2015, a ocorrência de microcefalia que atendessem a definição de caso (naquela ocasião) fosse notificada de forma imediata as secretarias estaduais de saúde. Em 03/12/2015 foi divulgado o Plano emergencial para a vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika, trazendo alterações na definição de casos suspeitos. Para efeito de notificação segue definições:

 

  1. Caso Suspeito durante a gestação
  • Gestante com suspeita de exantema por vírus zika:

Toda grávida, em qualquer idade gestacional com doença exantemática aguda e que forem excluídas outras hipóteses de doenças e Infecciosas e causas não infecciosas conhecidas.

 

  • Feto com suspeita de microcefalia relacionada ao vírus Zika:
Achado ultrassonográfico de feto com circunferência craniana (CC) aferida menor que dois desvios padrões (< 2 dp) abaixo da média para a idade gestacional

 

  • Feto com suspeita de alteração de alteração no sistema nervoso central pós-infecciosa relacionada ao vírus zika:
Achado ultrassonográfico de feto com alteração no sistema nervoso central (SNC) sugestiva de infecção congênita.

 

  • Suspeita de aborto espontâneo relacionado ao vírus zika:
Aborto espontâneo de gestante com relato de exantema, sem outras causa identificadas.

 

  1. Caso Suspeito de MICROCEFALIA no parto ou pós-parto
  • Recém-nascido de microcefalia relacionada ao vírus zika:
Nascido vivo com menos de 37 semanas de idade gestacional E perímetro cefálico abaixo do percentil 3, segundo curva de Fenton

                                                        OU

Nascido vivo com 37 semanas ou mais de idade gestacional E perímetro cefálico menor ou igual a 32 cm, segundo as referências da Organização Mundial de Saúde.

  

  • Suspeita de natimorto relacionado ao vírus zika:
Natimorto de qualquer idade gestacional E histórico de doença exantemática na mãe.

  

 

  1. Notificação e investigação de casos de microcefalia

 

Todos os casos notificados que cumprirem a definição de caso suspeito de microcefalia deverão ser investigados para identificação da ocorrência de alteração do padrão de microcefalia em nascidos vivos.

As notificações recebidas pelo CIEVS/AL dão conta do registro de 85 casos de microcefalia, sendo 79 casos em recém-nascidos e 6 casos intrauterinos, além dos 3 casos registrados[1] antes da implantação da notificação imediata, sendo:

Casos de microcefalia, segundo município de ocorrência:

  • 25 casos informados por serviços da capital:
  • 26 informados por serviços de Santana do Ipanema;
  • 5 casos informados por serviços de Delmiro Gouveia;
  • 5 casos informados por serviços de Penedo;
  • 6 casos informados por serviços de Palmeira dos Índios;
  • 7casos informados por serviços de Arapiraca;
  • 3 casos informados por serviço de União dos Palmares;
  • 1 caso informado por serviço de Murici;
  • 1 caso informado por serviço de Maragogi;
  • 6 casos intrauterinos, identificados a partir de serviços que realizam ultrassonografia (Girau do Ponciano, Canapí cada com um caso suspeito cada e Porto Calvo e Arapiraca com 2 casos suspeitos).

 

  1. A)Por região de saúde e município de residência

 

  • 1ª Região (19 casos)

Maceió: 13 casos

Coqueiro Seco: 1 caso

Marechal Deodoro: 1 caso

Rio Largo: 2 casos

Santa Luzia do Norte: 1 caso

Pilar: 1 caso

 

  • 2ª Região (3 casos)

Japaratinga: 2 casos

Maragogi: 1 caso

 

  • 3ª Região (4 casos)

Branquinha: 1 caso

São José da laje: 1 caso

União dos Palmares: 1 caso

Murici: 1 caso

 

  • 4ª Região (3 casos)

Chã Preta: 1 caso

Paulo Jacinto: 2 casos

 

  • 6ª Região (5 casos)

Piaçabuçu: 1 caso

Penedo: 4 casos

 

  • 7ª Região (8 casos)

Arapiraca: 7 casos

Belo Monte: 1 caso

 

  • 8ª Região (5 casos)

Cacimbinhas: 1 caso

Estrela de Alagoas: 2 casos

Igaci: 1 caso

Palmeira dos Índios: 1 caso

 

  • 9ª Região (20 casos)

Santana do Ipanema: 7 casos

Dois Riachos: 3casos

Olivença: 1 caso

São José da Tapera: 5 casos

Pão de Açúcar: 2 casos

Canapi: 2 casos

 

  • 10ª Região (12 casos)

Delmiro Gouveia: 7 casos

Inhapi: 2 casos

Pariconha: 1 caso

Piranhas: 2 casos

 

Observação: A SESAU está intensificando a vigilância das microcefalias junto aos municípios da 5ª Região, vez que até o presente momento não há registro de casos nessa região.

Situação das notificações no Brasil

 

A situação dos registros de casos de microcefalia, divulgada pelo Ministério da Saúde em 28/11/2015, é a seguinte:

1)     Pernambuco: 646 casos

2)     Paraíba: 248 casos

3)     Sergipe: 77 casos

4)     Alagoas: 85 casos (atualizado em 06/12/2015)

5)     Rio Grande do Norte: 79 casos

6)     Piauí: 36 casos

7)     Ceará: 25 casos

8)     Bahia: 37 casos

9)     Maranhão:12 casos

10)   Rio de janeiro: 13 casos

11)   Tocantins: 12 casos

12)   Goiás: 2 casos

13)   Mato Grosso do Sul: 1 caso

14)   Distrito Federal: 1 caso

Meios para notificação

ü  Plantão CIEVS/SES/AL:

ü  E – Notifica: [email protected]

ü  RESP: www.resp.saude.gov.br

A notificação ao CIEVS não isenta da notificação a ser realizada por meio dos sistemas de informação específicos (SINASC)