26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Deputados querem afastar Cunha, PMDB se solidariza com o denunciado

Dez partidos assinaram nota pelo afastamento de Eduardo Cunha. O PSDB de Aécio ficou em cima do muro.

Cunha: propina de U$$ 5 milhões.
Cunha: propina de U$$ 5 milhões.

Parlamentares de dez partidos estão pedindo em rquerimento o afastamento temporário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, descoberto pela Operação Lava Jato.

Do outro lado, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), afirmou em nota oficial que “a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados apoia e acredita no presidente da Casa, e se solidariza com ele neste momento em que alguns se açodam a defender teses que ferem o princípio primordial do Estado Democrático de Direito”.

Cunha foi denunciado pelos crimes de corrupção e por lavagem de dinheiro. De acordo com a petição da PGR, Cunha recebeu pelo menos US$ 5 milhões, para facilitar e viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, sem licitação, responsável pela construção dos navios-sondas Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000.

Após a divulgação da denúncia d aPGR, o líder do Psol na Câmara, Chico Alencar (RJ), defendeu em plenário, por meio de um manifesto, o afastamento de Cunha “até para que ela [a presidência da Casa] não seja usada como meio de atrapalhar as investigações e para que a normalidade dos trabalhos legislativos prossiga”.

“Nós defendemos a Operação Lava-Jato em todos os âmbitos, em todos os níveis, e isso significa também, quando a denúncia chega ao Parlamento, que nós saibamos cortar a própria carne”, afirmou Alencar.

A manifestação do Psol teve o apoio de deputados do PT, PSB, PPS, PDT, PR, PSC, PROS e PTB. Além disso, parlamentares do PMDB apontados como adversários de Cunha, também apoiaram o manifesto do Psol. “Temos que evitar que a Câmara seja utilizada para fins pessoais”, declarou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). PSDB ficou em cima do muro