26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Descaso: 12 mil agências bancárias fechadas no País e os bancos nem aí para a população

Negociações da terca-feira entre bancários e banqueiros não evoluiram e greve não tem dia para acabar

O mercado brasileiro já convive com a greve dos bancários a mais de uma semana. E o pior é que não há ainda nem uma luz no fim do tunel quanto ao fim do movimento iniciado na terça-feira, 06.

Em nova rodada de negociação na Febraban no dia de ontem, terca-feira (13) não houve nenhum evolução nas negociações. Os bancos, que representam o sistema mais lucrativo do mundo, não admitem flexibilizar a discussão em torno do aumento salarial reivindicado pelos bancários.

A Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa os bancos) manteve a proposta apresentada na sexta-feira (9), em que oferece reajuste salarial de 7% mais abono de R$ 3.300.

Os trabalhadores pedem reajuste de 5% mais a inflação no período, que até agosto foi de 9,62%, além do equivalente a um salário mínimo de benefícios como vale refeição, vale alimentação e auxílio creche.

Uma nova rodada de negociações foi marcada para esta quinta-feira (15).

Cerca de 12 mil agências aderiram à paralisação, número que representa 51% de todas as agências do Brasil, segundo a Contraf-CUT (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro). A mobilização cresceu 4% na comparação com segunda-feira (12), diz a entidade.

“Vamos reforçar a nossa mobilização em todo o país e esperamos que os bancos apresentem uma proposta que contemple nossa pauta na próxima reunião”, diz, em nota, Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Em 2015, os bancários pararam por 21 dias e conseguiram um reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%.

 OS BANCÁRIOS PEDEM

 reajuste – 5% mais a inflação de 9,62%

benefícios – R$ 880 em vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche

piso – R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese)

OS BANCOS OFERECEM

 reajuste – 7% sobre salário e benefícios

abono – R$ 3.300

piso – R$ 2.856,31